Gustavo Veloso estreia-se na Volta como diretor desportivo: "Não sei como me vou sentir"
Gustavo Veloso, que se retirou em 2021, prepara-se para fazer primeira Volta a Portugal como diretor desportivo, pela Tavfer-Mortágua. Formação do Centro apresenta-se na Grandíssima com três vitórias somadas esta temporada, fazendo o diretor desportivo um balanço positivo dos primeiros tempos nas novas funções.
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Quando a 83.ª edição da Volta a Portugal em bicicleta começar, na próxima quinta-feira, com um prólogo em Lisboa, Gustavo Veloso, bivencedor da prova-rainha do ciclismo português (2014 e 2015) vai estar pela primeira vez do outro lado, após se ter retirado no final da temporada passada e passado logo a diretor desportivo da Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados.
"Ainda não pensei muito nisso. Não sei como me vou sentir. Quando for o dia e me vir do outro lado, no carro, poderei falar melhor", partilhou o galego a O JOGO, não se desviando dos objetivos da formação do Centro, que esta temporada soma três vitórias (Prova de Abertura e terceira etapa da Volta ao Alentejo por Leangel Liñarez e primeira tirada do Grande Prémio Douro Internacional), além do prémio de montanha da Volta ao Algarve (João Matias).
"Nós acreditamos no trabalho. Os atletas têm estado bem a época toda. Somos uma equipa pequena e temos de aproveitar as oportunidades. Não temos um favorito, mas somos guerreiros e vamos dignificar a camisola dos nossos patrocinadores", garantiu Veloso, enaltecendo o trabalho coletivo diário da formação do Centro do país. "No dia das corridas é tudo muito fácil, o difícil é quando os atletas estão a estagiar, a cuidar-se, os mecânicos e os massagistas a trabalhar... Todo esse trabalho tem reflexos no dia da corrida e está a mostrar-se", sublinhou.
Recordando que a Volta do ano passado foi "a mais dura" que correu, o técnico considerou que "este ano a dureza sobe", valorizando o facto de haver chegadas para todos os gostos. "No ano passado, havia chegadas ao sprint, mas era com um grupo muito reduzido de atletas", lembrou, elegendo Maurício Moreira (Glassdrive-Q8) como "o principal favorito", mas realçando que "quase todas as equipas têm uma pessoa para tentar atingir os objetivos".
Antes da Grandíssima, a Tavfer-Mortágua ainda tem "a corrida da casa" amanhã, servindo a mesma de homenagem ao malogrado Pedro Silva. "É uma pessoa chave no ciclismo português - acho que toda a gente concorda - e mais ainda no ciclismo do Centro", destacou Veloso.
Leangel Liñarez até à última
Tendo Bruno Silva, João Matias, António Barbio, Gonçalo Carvalho, Gonçalo Amado, Angel Sanchez e Leangel Liñarez na lista de pré-inscritos, Gustavo Veloso ainda admite mudanças, sobretudo estando em dúvida a presença daquele último. "Estamos até à última hora a ver. É o nosso sprinter, uma pedra muito importante para nós, mas em primeiro está a saúde", contou. Entretanto, a organização anunciou 18 equipas e 125 ciclistas entre os pré-inscritos, informando ainda da presença da venezuela Java Kiwi Atlântico no lugar da sul-africana Protouch.