É a primeira corrida por etapas do ano com um percurso duro e a discutir entre as equipas nacionais. O vencedor final será um grande campeão.
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"A corrida está a ser encarada com alguma expectativa pelos diretores das equipas e corredores, por ser a primeira grande prova da época para o panorama nacional - a Volta ao Algarve é sobretudo uma corrida internacional -, aquela que irá revelar o valor de cada equipa, pela sua dureza e colocação no calendário, mas igualmente pela tradição da Global Media na organização de provas", diz Carlos Pereira, coordenador geral do 10.º Grande Prémio O JOGO/Leilosoc, que parte amanhã de Pinhel, para terminar segunda-feira em Paredes.
A sua análise é confirmada pelos resultados dos 19 dias de corrida disputados até agora - incluindo a Volta a Portugal do Futuro, destinada a sub-23 -, pois apenas sete deles foram ganhos pelas equipas portuguesas.
Quem olhar à época, com dois triunfos da Tavfer-Mortágua (por Leangel Linarez, um sprinter), dois da Glassdrive-Q8, um da RP-Boavista e outro da Efapel, mais um da ABTF-Feirense na Volta do Futuro e outro da Kelly-Simoldes no somatório da Taça de Portugal, estranhará a ausência da W52-FC Porto, mas a verdade é que o ano, com a belga Quick-Step a dominar no Algarve e as equipas espanholas no Alentejo - Orluis Aular, da Caja Rural, já leva três triunfos no nosso país -, ainda não teve corridas à feição das maiores equipas nacionais.
"Haverá três equipas, sem dizer nomes de ciclistas, que sobressaem, pelo plantel e tradição: W52-FC Porto, Efapel e Glassdrive-Q8-Anicolor. Serão essas as favoritas, embora também alinhe a Caja Rural, mas não deverá ter os seus melhores elementos. Das três equipas deverá sair o grande vencedor", estima Carlos Pereira, que como corredor ganhou uma etapa em 1988 - pela Ruquita-Feirense - e sabe bem o que motiva o pelotão nacional: "A mística das corridas associadas ao Jornal de Notícias existe nos amantes do ciclismo. Nota-se na vontade com que os corredores encaram as provas da que agora é a Global Media. A tradição da empresa e o destaque que os jornais dão às suas provas levam-nos a entrar com maior ambição, até por também saberem que os seus patrocinadores vão ter um grande destaque. São corridas com um peso enorme e muito importantes no calendário nacional. Para as equipas, a Volta a Portugal e as provas da Global Media são prioridades".
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