Prova decorre entre 30 de agosto e 7 de setembro, terá nove etapas, mais de 1300 quilómetros, e passa por 11 municípios
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O 34.º Grande Prémio Jornal de Notícias/Leilosoc de ciclismo foi apresentado esta terça-feira em Vila Nova de Famalicão, desvendando os detalhes de uma prova que vai para a estrada entre 30 de agosto e 7 de setembro, ligando a Maia a Famalicão ao longo de nove etapas, 1300 quilómetros, 27 metas intermédias e 16 contagens de montanha.
Organizada pela Notícias Ilimitadas, proprietária do JN, a corrida é uma das mais emblemáticas do calendário velocipédico português e tem como ambição afirmar-se como "o maior Grande Prémio do país", este ano com um traçado mais longo e talhado para finais rápidos.
Na sessão realizada na Biblioteca Camilo Castelo Branco, o administrador da Notícias Ilimitadas, Domingos de Andrade, sublinhou o papel determinante dos municípios no sucesso da prova. "Sem o poder local, sem os autarcas, não haveria ciclismo nem o princípio da atratividade da modalidade. O nosso primeiro sentimento é de gratidão para todos os parceiros que, ano após ano, nos ajudam a levar os ciclistas para as ruas e o jornal para o território. Falamos de gente e de comunidades. O nosso objetivo é simples: fazer deste o maior Grande Prémio do país", afirmou.
O diretor do Jornal de Notícias, Vítor Santos, reforçou a importância da aposta, agradecendo "a visão dos autarcas e parceiros que se associam à matriz do JN de estar junto das pessoas". "Esta é uma prova que tem visão estratégica. Falo com sentimento de gratidão para todas as câmaras envolvidas. A extensão é mais robusta e, do ponto de vista desportivo, surge numa fase muito importante do calendário. É impossível chegar aqui sem a visão dos autarcas que se associam à matriz do JN de estar junto das pessoas. Nenhuma iniciativa desportiva chega tanto às pessoas como o ciclismo", destacou, lembrando ainda que a modalidade é "forte não só na vertente competitiva, mas também na social e na de saúde".
O presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Cândido Barbosa, também sublinhou a relevância do Grande Prémio. "É preciso coragem para retomar e dar sinais vitais de que o ciclismo continua a crescer. Este é um prémio importante, que a Federação integra no calendário. Vai dar vitalidade à época e é fundamental para as equipas. O ciclismo é mais do que uma modalidade desportiva. Não nos limitamos a estar dentro de quatro linhas e a transmitir um espetáculo. Conseguimos promover territórios, numa estratégia que é partilhada por todos os municípios", afirmou.
O diretor de corrida, Nuno Lopes, apresentou o traçado da edição de 2025, explicando que foi desenhada "uma corrida mais compacta, com etapas mais curtas e menos duras". "Se antes as diferenças eram feitas na dureza da estrada, agora terão de ser conquistadas com estratégia e coragem, em finais rápidos e difíceis de controlar", antecipou.
A competição arranca a 30 de agosto, na Maia, com uma etapa em circuito de 133,6 quilómetros. No dia seguinte, o pelotão cumpre a jornada mais longa, 159,7 quilómetros entre Valongo e Valongo. A 1 de setembro, a terceira etapa liga Gondomar a Gondomar, num total de 146,8 quilómetros, antes da quarta tirada, em Paredes, considerada por muitos a etapa-rainha, com 142 quilómetros.
A 3 de setembro, os corredores saem do Porto rumo a Arada, em Ovar, num percurso de 132 quilómetros. Seguem-se duas etapas exigentes: Albergaria-a-Velha - Águeda, com 152,1 quilómetros, e Barcelos - Barcelos, com 157,6 quilómetros, marcadas pela intensidade e pela expectativa de grandes movimentações na classificação geral. A penúltima jornada, a 6 de setembro, disputa-se em Viana do Castelo, num traçado de 158,8 quilómetros. Finalmente, no dia 7, a festa da consagração está marcada para Vila Nova de Famalicão, com uma etapa de 147,5 quilómetros que fechará a prova.
Na qualidade de anfitrião da apresentação e da derradeira etapa, o vereador do Desporto de Famalicão, Pedro Oliveira, agradeceu à organização e ao jornal pela confiança. "É uma grande satisfação para Famalicão acolher esta prova emblemática. O ciclismo aproxima-se das pessoas e das comunidades, entra quase em suas casas. É um orgulho enorme receber aqui a chegada final", afirmou.
Com raízes que remontam a 1979, o Grande Prémio JN continua a afirmar-se como uma das corridas mais prestigiadas do país. Para além do espetáculo desportivo, a organização destaca a vertente de proximidade às populações. "Falamos de festa popular, gratuita, que leva milhares às ruas e dá visibilidade aos territórios", resumiu Domingos de Andrade.