12.º Grande Prémio O JOGO/Leilosoc, primeira grande corrida para as equipas portuguesas, terá dificuldades em todas as quatro etapas
Corpo do artigo
Quando regressou à estrada, em 2019, o Grande Prémio O JOGO/Leilosoc tinha um traçado que aparentava ser a soma de duas clássicas - duas etapas difíceis, propícias a um homem rápido que subisse bem. Luís Mendonça tinha as características ideais, venceu a primeira edição e discutiu a segunda, disputada dentro dos mesmos moldes e ganha por José Neves. Depois surgiu o contrarrelógio, limitando o número de candidatos e permitindo as celebrações de especialistas como Rafael Reis e Mauricio Moreira. A partir desta quinta-feira, e com a 12.ª edição da sua história, a corrida deste jornal recupera o formato de “clássicas”, mas agora com um total de quatro dias e 565 quilómetros para se encontrar o vencedor.Até agora limitado a discutir corridas de um dia, o pelotão nacional vai ter o primeiro grande momento da época, este ano com um traçado que não aponta favoritos, pois qualquer dia permite atacar.
Até agora limitado a discutir corridas de um dia, o pelotão nacional vai ter o primeiro grande momento da época, este ano com um traçado que não aponta favoritos, pois qualquer dia permite atacar.
Nenhuma das quatro etapas pode ser apontada como verdadeiramente decisiva - embora a chegada a Barcelos, finalizando no Santuário da Nossa Senhora da Franqueira, subida de segunda categoria, vá ditar diferenças -, mas todas têm dificuldades suficientes para partir o pelotão, desde que algumas das equipas decidam atacar.
E a decisão, sendo este outro aspeto fundamental da corrida, será entre as equipas portuguesas, que à terceira prova por etapas da temporada terão finalmente uma camisola amarela para discutir, depois do domínio de formações estrangeiras no Algarve e no Alentejo. Com distâncias adequadas ao pelotão nacional, sete prémios de montanha e 12 metas de passagem, O JOGO/Leilosoc, pelo mediatismo que garante, é a corrida mais apetecida da primeira metade da época, até porque irá contar com os aplausos de regiões muitas vezes esquecidas e que assumem o gosto de receber o ciclismo, como Mêda, Trancoso e Vila Nova de Poiares, para depois ter a decisão final em duas cidades com tradições na modalidade, Barcelos e Paredes.
Quatro etapas entre os 130 e os 150 quilómetros cada e um total de sete prémios de montanha são a medida certa para o pelotão nacional nesta fase da época
No pelotão de 104 corredores, além das nove equipas continentais portuguesas, estarão seis de clubes (vulgo sub-23), incluindo uma espanhola, e para essas a corrida representa, sem qualquer dúvida, um dos maiores desafios da época.
AP Hotels/Tavira e ABTF-Feirense já festejaram duas vezes
A época portuguesa leva 17 dias de corrida e até agora só cinco equipas festejaram: Aviludo-Louletano (Prova de Abertura), duas vezes a AP Hotels-Tavira (clássicas Primavera e de Viana, ambas com Francisco Campos), duas a ABTF-Feirense (Clássica Santo Thyrso e Taça de Portugal, com Fábio Costa), Tavfer-Ovos Matinados (etapa de Leangel Linarez no Alentejo) e Sabgal-Anicolor (Mauricio Moreira nas Aldeias do Xisto). Sete êxitos é pouco para quase três meses de competição, mas a partir de hoje a contabilidade vai mudar!