Novo acordo com a Dorna, que planeia ampliar o Mundial para 22 corridas, vai ser assinado esta quarta-feira em Portimão
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O Autódromo Internacional do Algarve marcou uma conferência de Imprensa “sobre o Grande Prémio de MotoGP de Portugal” para as 10h00 desta quarta-feira, com a presença do secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, para anunciar a renovação com a Dorna por mais dois anos.
A corrida, que segundo uma petição ao Governo criada no início do mês, depois de um apelo público de Miguel Oliveira, custa nove milhões de euros de comissão a pagar à proprietária do Mundial, gerou este ano um retorno entre 75 e 87 milhões, de acordo com os números do Turismo do Algarve.
A presença do secretário de Estado indica que o Governo se revelou sensível aos números e a tempo de entrar num calendário que está previsto cresça para 22 corridas - o máximo previsto no acordo da Dorna com as equipas -, com Hungria e Índia a estrearem-se, República Checa a regressar e Cazaquistão a ser indicado como outra novidade, embora não esteja na lista da pré-venda de bilhetes para o próximo ano, na qual já se podem fazer reservas para o Algarve, embora sem data.
Se a corrida de Almaty se confirmar, alguma das 20 deste ano terá de sair, depois de esta época se correr duas vezes em Misano precisamente para colmatar a falta do Cazaquistão.
Portugal já recebeu 13 vezes o MotoGP no Estoril, entre 2000 e 2012, e vai em cinco anos no Algarve, que em 2020 surgiu como uma solução em ano de pandemia, para no ano seguinte até receber duas corridas. Miguel Oliveira foi o primeiro vencedor, seguindo-se Fabio Quartararo (duas vezes), Pecco Bagnaia (outras duas) e Jorge Martín.
Embora nunca chegando a esgotar as bancadas de Portimão, as corridas do passado mês de março tiveram 170 mil espectadores ao longo dos três dias, sendo o maior acontecimento desportivo do ano em Portugal e gerando receitas diretas de 24,7 milhões de euros em hotelaria e 9,4 milhões em alimentação.