GP da China será adiado e não cancelado se o coronavírus não for controlado
Diretor técnico Ross Brawn anunciou que tentará agendar a prova para uma data próxima do fim do ano se a epidemia do coronavírus prevalecer em abril
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O Grande Prémio da China não corre o risco de ser cancelado por causa do coronavírus. A corrida de Fórmula 1 deverá mesmo realizar-se em 2020, podendo verificar-se somente um adiamento para uma data próxima do fim de ano se a epidemia não for controlada até abril - até ao momento, continua agendada para 19 de abril.
Em conferência de Imprensa, o Ross Brawn, o diretor desportivo da competição, assumiu inclusivamente que seria uma dura perda para Fórmula 1 se a corrida não se realizasse na China este ano. "Se houver uma probabilidade de que não aconteça em abril, será adiado. Vamos deixar em aberto a oportunidade de ver se a corrida pode ocorrer no fim do ano. A China é um mercado entusiasmado e crescente. Gostaríamos muito de ter uma corrida na China. Provavelmente não faríamos isso (troca com outra prova). Vamos só tentar encontrar uma janela de quando a corrida pode acontecer no fim do ano", referiu, citado pelo Globo Esporto.
O alto responsável pela organização da Fórmula 1 explicou depois que a organização da corrida na China implicará um grande esforço em termos logísticos. "Os equipamentos e o combustível serão transportados de navio. Para que tudo chegue ao país a tempo da prova em abril, há duas janelas de envio das cargas, nesta e na próxima semana. É um grande desafio para as pessoas que se preparam para a corrida. Essa fase crítica acontecerá dentro de duas ou três semanas. Nessa altura, faremos o ponto da situação", estimou Ross Brawn.
Perante esta tomada de posição, cai por terra a possibilidade de a corrida na China ser agendada para dezembro, após a realização do Grande Prémio de Abu Dhabi. Quando essa hipótese foi equacionada, mereceu críticas de todas as equipas, nada interessadas em estender o calendário de provas, cujo fim está previsto para 29 de novembro.