"Gostaríamos de estar nos Jogos Olímpicos, tanto em masculinos como em femininos"
Portugal com estreantes mas com ambição no Mundial de ginástica artística
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Portugal vai estar representado por uma seleção de praticamente estreantes no Mundial de ginástica artística, em Jacarta, na Indonésia, mas com a ambição de alcançar níveis de alto rendimento, disse esta quinta-feira o diretor técnico nacional, André Marques.
A participação da seleção portuguesa visa dar continuidade à preparação do ciclo olímpico já iniciado com o Campeonato da Europa de 2025 e começar a trabalhar com alguns atletas tendo no horizonte os Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028.
"Gostaríamos de estar representados nos Jogos Olímpicos, tanto em masculinos como em femininos. É ambicioso, mas não é impossível", disse à agência Lusa André Marques.
O diretor técnico nacional recordou que a modalidade "está em transição, após o abandono da atleta olímpica Filipa Martins, que continua a ser uma referência", e que "outros ginastas estão a surgir e tornam possível essa ambição".
A seleção lusa, que já se encontra em Jacarta, para participar no evento que decorre de domingo a 25 de outubro, integra Filipe Almeida, Luís Léchaud, Marcelo Marques, Gabriela Alves - estreantes em campeonatos do Mundo - Mafalda Costa e Mariana Parente.
"Portugal tem uma equipa de jovens que já têm alguma experiência em competições internacionais mas que se vão estrear em Campeonatos do Mundo, como é o caso de todos os rapazes e da Gabriela", referiu André Marques.
O diretor técnico nacional tem consciência do desafio que a seleção tem pela frente, mas, ainda assim, traça como objetivo "alcançar níveis de alto rendimento para todos os ginastas".
Para alcançar os níveis de alto rendimento os ginastas terão que se classificar "pelo menos na primeira metade das tabelas" dos aparelhos em que participem.
As ginastas lusas deverão competir em todos os quatro aparelhos (barras assimétricas, trave, salto e solo) e no setor masculino deverão optar entre um a três dos seis (barras paralelas, barra fixa, argolas, cavalo, salto e solo).
Por ser o primeiro ano do ciclo olímpico (2025-2028), este será um mundial onde em jogo estarão apenas os resultados individuais (a competição por equipas regressa apenas em 2026) e em que as vagas de participação são maiores.
Quanto à competição, cada país pode estar representado por um máximo de seis homens e quatro mulheres, sendo que apenas três ginastas de cada género poderão marcar presença nas qualificações por aparelho.
Os 24 melhores no all-around (concurso completo) e os oito melhores em cada aparelho individual (no máximo dois ginastas por país) podem qualificar-se para as finais masculinas e femininas.
O evento contará com a participação de 297 ginastas masculinos e 204 ginastas femininas em representação de 79 federações participantes, entre os quais seis campeões olímpicos e mais de uma dúzia de medalhados em Jogos Olímpicos.
A delegação lusa estará sob o comando de Teresa Loureiro e contará com o apoio dos treinadores Pedro Almeida e Cristina Gomes, dos juízes Edmundo Silva e Susana Benigno e da fisioterapeuta Beatriz Almeida.