EF Education-Nippo trocou o rosa por uma profusão de cores, batizada como "Euphoria". Pode soar a estranho, mas é um golpe de marketing infalível
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Na Volta a Itália as equipas estão proibidas de vestir cor-de-rosa, um exclusivo da camisola do líder. Para a norte-americana EF Education-Nippo, a regra transformou-se numa oportunidade para "agitar as coisas", como assume a própria equipa, trocando o equipamento habitual por outro mais imaginativo.
A partir deste sábado, Rúben Guerreiro e os colegas vão correr com o "Euphoria", designação dada pelo fabricante Rapha a um "equipamento caleidoscópico" - também são eles que o dizem... -, que conjuga as cores de bandeiras de todo o mundo, numa "celebração de pessoas de diferentes origens que se reúnem em busca de um objetivo comum". Registe-se que entre os oito ciclistas da equipa há sete nacionalidades diferentes, incluindo a portuguesa.
Com mais ou menos filosofia têxtil, a verdade é que a EF deste ano estará bem mais atrativa, embora o pato do ano passado tenha feito sucesso, ao ponto de terem sido vendidas camisolas no eBay a 1000 euros. A discussão das camisolas nas redes sociais foi outro golpe de marketing.
Mas a "criação caleidoscópica" não se limita às cores berrantes. A Rapha testou mais de 100 materiais no UK Sport Science Institute, da Loughborough University. Os equipamentos foram levados a um túnel de vento e, segundo a marca, favorecem o aerodinamismo ao ponto de permitirem poupar 12,4 watts quando se pedala a 55km/h.
No contrarrelógio deste sábado, em Turim, Guerreiro, Hugh Carthy e colegas vão estrear a "Euphoria" revolucionária, mas nenhum deles é candidato a vencer o "crono".