Ciclista galês deixa o ciclismo esta temporada
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Geraint Thomas despede-se este domingo com um misto de “alívio e alegria” da Volta a França, que significou “tudo” na carreira do único ciclista galês a sagrar-se campeão da prova francesa, na qual ocupou todos os lugares do pódio.
“É um misto de alívio e alegria. É um último dia grande. Chegar a Paris é sempre especial, independentemente do que aconteceu nas semanas anteriores. Quero desfrutar com os rapazes”, declarou o experiente corredor da INEOS.
Os 132,3 quilómetros entre Mantes-la-Ville e Paris serão os últimos que Geraint Thomas, o mais velho ciclista da 112.ª edição, irá percorrer no Tour, já que o galês de 39 anos deixa o ciclismo esta temporada.
Campeão em 2018, "vice" no ano seguinte e terceiro em 2022, "G" confessou que a "Grande Boucle" significou “tudo” na sua carreira. “Quando estamos a crescer, sonhamos com o Tour, em estar lá pelo menos uma vez. Acabar por competir [na Volta a França] 14 vezes e estar em todos os degraus do pódio é de loucos. Foi fenomenal. Nunca pensei participar em 14 edições”, completou.
Mais jovem ciclista do pelotão na estreia, em 2007, e mais velho na edição de despedida, o carismático galês lembrou-se de “todos os tipos com quem competiu”, de várias gerações – no pelotão atual, Tadej Pogacar, Remco Evenepoel ou João Almeida são alguns dos seus fãs declarados - e das bonitas memórias que colecionou ao longo de quase duas décadas. “Até os maus momentos recordo com carinho, porque recuperei deles”, reconheceu, talvez numa alusão à desistência devido a queda, em 2017, ou ao ano de 2019, quando colocou os interesses da equipa à frente dos seus e não fez nada para destronar o colega Egan Bernal.
Vice-campeão do Giro'2023 e terceiro classificado da ‘corsa rosa’ no ano passado, o ciclista da INEOS desempenhou também um papel fundamental nas quatro vitórias de Chris Froome no Tour (2013, 2015-2017). “Desde que comecei, o apoio que tive foi sempre fantástico”, destacou o 58.º classificado deste Tour, num discurso controlado mas emocionado.
Na sua carreira, um dos mais icónicos ciclistas do pelotão ganhou por duas vezes a Volta ao Algarve (2015 e 2016), tendo somado vitórias também na Volta à Suíça (2022), Volta à Romandia (2021), Critério do Dauphiné (2018), Paris-Nice (2016) ou na E3 Harelbeke (2015).