A Ferrari saiu do GP da Bélgica sem pontuar e é quinta no Mundial de Fórmula 1. A equipa está em crise quando se prepara para fazer o GP 1000.
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A Ferrari perdeu, nos últimos anos, o domínio para a Mercedes, depois de também não ter conseguido que Sebastian Vettel vingasse como sucessor de Michael Schumacher. A equipa já não é a mesma e, no fim de semana, o 13.º lugar de Vettel e o 14.º de Charles Leclerc na Bélgica fizeram soar os alarmes.
Em Itália, a imprensa falou em "festival de desastres" e "corrida para esquecer" e os tiffosi sentiram-se "humilhados por ver descer tão baixo um símbolo do país". Com sete corridas, a Ferrari é quinta, a 203 pontos da Mercedes, depois de, em Spa, ter perdido os duelos para a AlphaTauri e Alfa Romeo e apenas ter ficado na frente da Haas e Williams. As 44 voltas foram um suplício e levaram o chefe de equipa, Mattia Binotto, a reconhecer. "Estamos dececionados. Esta é uma pista que requer potência e eficiência aerodinâmica e de nada serve escondermo-nos, porque neste momento faltam-nos as duas coisas." Mas, apesar da desilusão, Binotto reforçou: "Todos assumimos a responsabilidade desta situação. Estamos no mesmo barco e, ainda que a equipa esteja debaixo de uma tempestade, estamos todos unidos."
Nos próximos dois fins de semana, o Mundial segue para as pistas italianas de Monza e Mugelo, tendo esta anunciado a abertura parcial ao público, e será aqui que a Ferrari cumprirá a corrida 1000, um número simbólico que traz algum peso, como denunciam as declarações de Vettel: "Temos de manter a calma e não nos sentirmos frustrados, porque a frustração não nos leva a lado nenhum." O colega de equipa, Charles Leclerc, revelou pessimismo: "Em Monza será muito difícil. Se falarmos em Mugelo e Imola, poderá haver alguma esperança, mas em Monza não, é muito similar a Spa."
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