Fórmula 1: Mercedes atravessa "momento doloroso" e ataca a crise pelas asas
Equipa que bateu o recorde de títulos seguidos sabe que é a terceira do pelotão, depois de Ferrari e Red Bull, mas não pode mexer no motor. Na Austrália, terá novas asas traseiras para se tentar... aproximar.
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"Estávamos entre os que se divertiam na frente, dentro de um grande espectáculo. Agora, é extremamente doloroso não fazer parte desse jogo e devido a um défice de tempo por volta", disse Toto Wolff, diretor da Mercedes F1, sobre um início de época em que os resultados até têm sido melhores do que as performances do novo W13, pois Lewis Hamilton foi terceiro no Barém e George Russell soma um quarto e um quinto lugares.
Um problema grave está no motor - na Arábia Saudita o Red Bull era 11 km/h mais rápido em reta -, mas esse está "congelado" até 2025, pelo que resta melhorar na aerodinâmica.
Segundo o "Auto Motor und Sport", a equipa campeã vai ter uma nova asa traseira na Austrália, onde se correrá na próxima semana, para resolver a outra grande dificuldade, a forma como o W13 bate no chão. Na Arábia Saudita fizeram-se ajustes que não resultaram, tendo a equipa optado pelo método mais simples, aumentar a altura ao solo. Além de ter diminuído a velocidade, a solução não resultou com Hamilton, que não passou da primeira fase da qualificação.
"Só depois de resolvermos o problema dos saltos poderemos tratar do resto. E é muito...", desabafou George Russell em Jeddah. Segundo analistas, o motor estará a custar dois décimos de segundo por volta, o que nem será o pior - o Mercedes perde entre meio e um segundo por volta para os Ferrari -, sendo igualmente o mais difícil de resolver. As equipas não podem mexer na maioria das peças até 2025 e só no sistema que armazena energia (MGU-K) os octacampeões podem evoluir.
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