A confirmação de que as corridas no Azerbaijão, Singapura e Japão foram canceladas aumentou o interesse sobre a entrada de novas pistas na Fórmula 1, com a de Portimão a ter a preferência de muitos
Corpo do artigo
A possibilidade de Portugal receber um Grande Prémio de Fórmula 1 este ano começa a ser tão forte que a própria organização o incluiu num inquérito nas suas redes sociais. E os portugueses revelaram tanto entusiasmo que o Autódromo do Algarve recolheu 49,2% dos 84 295 votos, deixando longe as pistas italianas de Imola (30,9%) e Mugello (12,3%), tendo a alemã de Hockenheim, que é a quarta possibilidade, ficado no lote de "outras", com apenas 7,6%.
Mas entre o desejo e a realidade ainda faltam vários passos, a ser dados no próximo mês. "Sabemos que há muita vontade das equipas de que Portugal seja escolhido para o calendário e nós temos feito tudo o que é necessário", disse Paulo Pinheiro, administrador do circuito de Portimão, avisando a Lusa que a decisão será "em meados de julho", e que a diferença se "fará pela possibilidade de haver público nas bancadas".
Com oito corridas confirmadas e mais três (duas no Barém e Abu Dhabi) já com datas previstas, a Fórmula 1 está ainda longe da meta de 15 Grandes Prémios, os necessários para cumprir os interesses de patrocinadores e televisões. "Há várias boas pistas europeias para mais uma ou duas corridas. Mas não iremos anunciar para depois mudar", disse Ross Brawn, responsável da F1, que não chegou a citar o Algarve. Entre as quatro hipóteses, Mugello é praticamente certa - descartou o MotoGP para receber a F1 - e Hockenheim provável, pois saira este ano do calendário. O Algarve entrará se as provas no continente americano forem todas descartadas e, isso é certo, se tiver uma corrida será entre o final de setembro e o início de novembro.