Max Verstappen convidou George Russell a sentar-se ao seu lado no jantar dos pilotos, o britânico recusou e obrigou Hamilton a “apertar-se”. O jantar caiu mal a Leclerc e Bottas pagou a conta, de 303 euros por piloto
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A McLaren dominou os primeiros treinos do Grande Prémio de Abu Dhabi e lutará este domingo (13h00) com a Ferrari pelo seu primeiro título de Construtores na Fórmula 1 desde 1998, mas nem os pilotos querem saber disso perante o assunto do momento: a zanga entre Max Verstappen e George Russell, que já gerou insultos ao nível das discussões Senna/Prost e se estendeu ontem aos patrões das suas equipas, com Christian Horner, da Red Bull, a chamar “histérico” a Russell e Toto Wolff, da Mercedes, a dizer que o rival parecia “um pequeno terrier feliz”. “Gosto de terriers, são leais. Prefiro isso a ser um lobo [wolf]”, respondeu Horner.
Perante o nível das provocações, o jantar dos pilotos, agendado por Lewis Hamilton, concentrou as atenções. “Sim, os dois que vocês estão a pensar sentaram-se o mais longe possível um do outro”, escreveu o divertido Lando Norris nas redes sociais, com a BBC a desvendar os contornos: Russell foi o último dos 17 a chegar - faltaram Alonso, Stroll e Magnussen - e só restavam dois lugares, deixados propositadamente pelos restantes perto de Verstappen. “Olá, George”, disse o tetracampeão que o britânico acusara de bullying, indicando-lhe o espaço ao seu lado. Russell respondeu ao cumprimento, mas pegou numa das cadeiras e foi “inventar” um lugar entre Hamilton e Carlos Sainz.
A possibilidade de um entendimento - Verstappen anunciou que vai ter um filho com Kelly Piquet e provavelmente estaria recetivo -, que em 2022 tinha sido conseguido após um choque entre ambos que gerou insultos do neerlandês, gorou-se, e tão cedo não voltarão a jogar padel, um divertimento que partilhavam, no Mónaco, com Norris, Alex Albon e Carlos Sainz.
Quanto ao jantar, caiu mal a Charles Leclerc, que passou a noite sem dormir - e ontem teve a alegria de treinar ao lado do irmão Arthur e a tristeza de saber que a mudança de bateria do Ferrari lhe custará dez lugares na grelha -, e saiu caro a Valtteri Bottas, que se despede da F1 e diz que teve “o prazer” de pagar a conta, “uns 20 mil em dinheiro local”. Foram 5150 euros, 303 por piloto, talvez demasiado para gerar indigestões.