Bebé, campeão do Mundo de futsal, abordou os temas da profissionalização e do pós-carreira
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Bebé admitiu esta sexta-feira sentir necessidade de alertar os jogadores mais jovens para a importância de pensarem no pós-carreira, considerando que os profissionais de futsal "vivem numa bolha", na qual são pagos para "fazerem o que gostam".
"Os profissionais vivem numa bolha, não sabem como é o verdadeiro futsal. Os amadores têm de trabalhar e treinar, e a maioria fá-lo sem receber. Essa é uma realidade que quem vive na bolha desconhece", disse, admitindo: "Ser profissional é a melhor vida do mundo, pagam-te para fazer o que gostas."
O guardião português, que se sagrou campeão mundial em outubro passado, admitiu terem existido ao longo da sua carreira três jogadores que sempre o incentivaram a estudar e a concluir a licenciatura em Educação Física.
"Foi difícil, quando entrei na universidade estava a jogar no Benfica", afirmou Bebé, durante um painel no Congresso Mundial de Treinadores, que decorre em Lisboa, acrescentando: "O João Benedito, o Gonçalo Alves e o Miguel Fernandes, que estavam na universidade, sempre me disseram que deveria estudar, que deveria pensar no que poderia fazer depois de deixar de jogar."
Bebé, que atualmente representa os Leões de Porto Salvo e trabalha diariamente no seu restaurante, considerou que a carreira dual [conciliação da vida desportiva com a académica] e o pós-carreira "devia ser um tema importante na agenda dos treinadores e dos jogadores mais velhos".