Canoísta português "feliz" e mais perto de defender o ouro nos Mundiais
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O canoísta português Fernando Pimenta assumiu que o sentir-se “feliz” é a melhor forma de iniciar a defesa do título mundial de K1.000 metros, que será decidido em Milão, no evento que decorre até domingo.
“A minha forma atual está no modo feliz. Já tive momentos em que não estava tão bem emocionalmente, mas o físico compensou. Agora, estou bem em termos físicos, emocionais e psicológicos. Acho que isso para mim é o mais importante nesta fase da minha carreira”, vincou o desportista de 36 anos.
Sem qualquer vaga direta para a final, Pimenta dominou de início ao fim a sua regata, preparando-se na sexta-feira para tentar atingir mais uma final na sua extensa carreira e poder defender o ouro alcançado em 2023, em Duisburgo, na Alemanha.
“Mais do que ganhar medalhas ou ser campeão do mundo, é a sensação de terminar a regata e dizer: ‘soube-me bem, gostei de fazer esta prova’. Fui feliz em todas as pagaiadas. Acho que isso, nesta fase da carreira, é das coisas mais importantes que posso ter. É divertir-me, competir, e depois os resultados de certeza que aparecem. Mas acrescento: estou roto. Já tenho os pulmões a arder...”, ilustrou.
Com 3.17,93 minutos, Pimenta foi o mais rápido das seis séries que, ainda assim, não valiam qualificação para a final, pelo que nenhum dos competidores forçou o andamento: nestes Mundiais, o limiano vai ainda defender a prata em K1 5.000 metros e o bronze em K1 500.
Norberto Mourão tinha três vagas rumo à final da classe adaptada VL2, porém sentiu um “cansaço tremendo no fim” e acabou em quarto, a menos de um segundo do apuramento direto. “A primeira prova é sempre complicada, é preciso desbloquear. Estava a contar que tivesse ficado em terceiro. Quando tenho que passar pelas semifinais, acabo por melhorar, por isso, tranquilo. Os objetivos continuam intactos e aponto aos lugares cimentos”, completou o campeão da Europa.
Já Alex Santos, foi quarto em KL1, pelo que também vai ter de ir ainda à meia-final, “oportunidade para melhor a adaptação à pista e assim poder estar mais forte na final”.
Os Mundiais de Milão juntam cerca de 800 canoístas, de 73 países.