Federação perspetiva Mundiais: "Expectativa é sempre de conseguir bons resultados"
Federação confia em bons resultados dos portugueses nos Mundiais de Atletismo.
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A Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) confia na obtenção de "bons resultados" pelos 23 atletas lusos convocados para os campeonatos do mundo, que vão ser disputados entre sexta-feira e 24 de julho, em Eugene, nos Estados Unidos.
"O primeiro objetivo é que tudo corra dentro da normalidade e que todos os atletas consigam competir na disciplina para a qual conseguiram a qualificação. E esse é o nosso primeiro objetivo e que todos eles tenham as condições para conseguirem o seu melhor desempenho", afirmou Luís Pereira, o líder da equipa nacional aos campeonatos.
A 18.ª edição dos campeonatos do mundo de atletismo vai ser disputada entre sexta-feira e 24 de julho, com a presença de 23 portugueses em 12 provas, o que é destacado pelo responsável.
"É uma seleção de 23 atletas, mas que nos deixa extremamente confiantes no futuro, porque é transversal a todas as disciplinas da modalidade, desde a marcha, aos lançamentos, à velocidade e ao fundo. Dá um sinal de que, além de haver talento entre os atletas e treinadores, de que estamos a trabalhar muito bem em todos os setores", sublinhou.
Isto apesar de, pela primeira vez, não ter nenhum representante na Maratona, distância em que Portugal já arrecadou quatro medalhas - duas de ouro e duas de prata, por Rosa Mota e Manuela Machado -, tantas quanto no triplo salto - todas por Nelson Évora.
"Este tema vai-se arrastando. Mas, há alguns anos, era impensável termos atletas em disciplinas técnicas e agora temos. Antes, era impensável não termos atletas na maratona em Mundiais, e infelizmente não estamos a conseguir. A perspetiva é que se volte a contar com atletas na maratona, porque temos um legado nessa disciplina", reconheceu.
Solange Jesus foi a única lusa a alcançar mínimos para a distância, acabando por preferir disputar os Europeus, em Munique, pouco menos de um mês depois da competição mundial.
Relativamente a Nelson Évora, o mais medalhado atleta português em Mundiais, com um ouro, uma prata e dois bronzes, a sua ausência ficou a dever-se à falta de marcas em 2022.
"Há duas formas de marcar presença nestas competições, ou uma marca de qualificação ou através do ranking. Infelizmente, o Nelson não conseguiu manter-se dentro da quota. Outros atletas conseguiram marcas e foram-no relegando para fora da lista", assegurou.
Apesar de chefiar uma delegação com Pedro Pablo Pichardo e Patrícia Mamona, campeão e vice-campeã olímpica no triplo salto, em Tóquio'2020, e Auriol Dongmo, líder do ranking mundial no lançamento do peso, Luís Pereira escusou-se a apontar às medalhas.
"Quando se levam nomes considerados como os que levamos, a expectativa é sempre de conseguir bons resultados, mas é o desporto, e o desporto é imprevisível. O que podemos esperar é que tenham condições para estarem no seu melhor, porque se estiverem, de certeza vão conseguir os resultados que esperamos", rematou.