Federação de râguebi aguarda resposta sobre vacinação "há mais de duas semanas"

Federação de râguebi aguarda resposta sobre vacinação
Federação Portuguesa de Râguebi
Carlos Amado da Silva garante ter enviado pedidos "ao ministro da Educação, ao secretário de Estado do Desporto e à ministra da Saúde"
A Federação Portuguesa de Râguebi aguarda por uma resposta ao pedido de vacinação contra a covid-19 das seleções nacionais de seniores "há mais de duas semanas", disse hoje o presidente do organismo à agência Lusa.
Carlos Amado da Silva garante ter enviado pedidos "ao ministro da Educação, ao secretário de Estado do Desporto e à ministra da Saúde", dos quais deu conhecimento "ao primeiro-ministro e ao almirante" Gouveia e Melo, responsável pela "task-force" da vacinação, mas que ainda não obteve qualquer resposta.
"Apenas a "task-force" nos tem respondido, mas para explicar que isso é uma decisão política e eles são apenas executores. Os outros, nem se dignam a responder, não há coragem para tomar uma decisão. Responsabilizo o Governo pelo que vier a acontecer", criticou Amado da Silva.
A seleção portuguesa de râguebi vai disputar, no próximo mês, dois encontros do Europe Championship 2021, na Holanda, em 10 de julho, e na Rússia, em 17 de julho, que servem de apuramento para o Mundial de França'2023.
Por esse motivo, e "depois de se saber que a seleção de futebol foi vacinada antes do Europeu", a FPR fez chegar um pedido de vacinação para as suas representações nacionais, para o qual ainda não obteve resposta.
"A situação está a piorar de dia para dia e os nossos jogadores não são profissionais. Trabalham, estudam, andam nos transportes e estão sujeitos a maiores riscos do que a seleção de futebol. Mas, mais uma vez, o que se verifica é uma diferença de tratamento entre o futebol e as outras modalidades", lamentou o presidente da FPR.
O líder federativo lembrou, ainda, que se algum jogador testar positivo à covid-19 já na Holanda ou na Rússia, "o jogo não se realiza e Portugal sofre uma derrota administrativa por 28-0", o que compromete seriamente os objetivos de qualificação para o Mundial.
Além disso, se ocorrer um teste positivo na Rússia, "pelo protocolo em vigor, toda a comitiva terá de ficar em quarentena durante duas semanas num hotel em Moscovo e suportar os custos", disse Amado da Silva.
Nesse sentido, o presidente da FPR apela para que haja "coragem política" para tomar uma decisão o mais brevemente possível.
"Já não será a tempo de vacinar os jogadores da seleção de "sevens"", que no próximo fim de semana disputam a segunda etapa do Europeu, em Moscovo, mas Amado da Silva promete que vão continuar a "pressionar" para que pelo menos a seleção de 15 seja vacinada a tempo das viagens para os compromissos do Europeu.
