Federação de Judo trabalha para passar torneio a Grand Slam: "Não vai ser fácil, mas..."
A Federação Portuguesa de Judo (FPJ) está a trabalhar para que o Grand Prix de Portugal passe à categoria de Grand Slam
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A Federação Portuguesa de Judo (FPJ) está a trabalhar para que o Grand Prix de Portugal passe à categoria de Grand Slam em 2024, disse hoje à agência Lusa o vice-presidente da direção do organismo, Sérgio Pina.
A continuidade do Grand Prix de Portugal está assegurada, uma vez que o contrato celebrado entre a FPR e a International Judo Federation (IJF) prevê a realização de quatro provas em Portugal, adiantou o dirigente, mas a "possibilidade" de passar a Grand Slam "mantém-se de pé".
"Estamos a trabalhar para que o próximo Grand Prix de Portugal seja, eventualmente, um Grand Slam", confirmou Sérgio Pina.
O dirigente lembrou, no entanto, que "as coisas estão contratualizadas de uma maneira", mas frisou que Jorge Fernandes, presidente destituído das funções, mas que se apresenta novamente a eleições, em fevereiro, tem "feito algumas diligências do ponto de vista a que isso aconteça".
"Não vai ser fácil, mas será um dos objetivos esta prova passar para o patamar seguinte e justificar a eventualidade de sair deste pavilhão [Complexo Municipal dos Desportos Cidade de Almada]. Neste momento são tudo conjeturas que o tempo poderá confirmar ou não", ressalvou.
A destituição do atual presidente, de resto, não tem implicações nessa intenção da FPJ, "constituída por um conjunto de colaboradores" sem os quais, provavelmente, "esta prova não poderia ser feita".
"Dos contactos que temos tido com as mais altas individualidades da IJF, não tenho essa sensibilidade", assumiu Sérgio Pina.
O Grand Prix de Portugal 2023 contou com a participação de "544 atletas de 81 países", em Almada, mas a confirmar-se a passagem à categoria de Grand Slam terá, muito provavelmente, de procurar novas instalações.
"Tudo indica que, se o número de atletas e países participantes aumentar, teremos de ir para um pavilhão maior e quem sabe se não termos de voltar ao Altice Arena [em Lisboa], que é o único pavilhão que consegue que uma prova desta dimensão seja feita", esclareceu o dirigente.
O Grand Prix de Portugal decorreu ao longo de três dias no Complexo Municipal dos Desportos Cidade de Almada, ao longo de três dias, e terminou hoje com um balanço de três medalhas para Portugal, duas de ouro, conquistadas por Bárbara Timo (-63 kg) e Patrícia Sampaio (-78 kg), e uma de prata, conquistada por Rochelle Nunes (+78 kg).
Um "balanço positivíssimo", frisou Sérgio Pina, numa prova onde os 39 judocas portugueses "cumpriram" e na qual alguns estiveram "só para participar e sentir como é o ambiente de um Grand Prix".
Os Grand Slam e Grand Prix de judo são ambos torneios internacionais do calendário da IJF World Tour onde os judocas obtêm pontos de "ranking" para a participação em competições como os Jogos Olímpicos, o Campeonato do Mundo ou o World Masters.
No entanto, os torneios da categoria Grand Slam atribuem mais pontos de classificação para o "ranking".