Federação de ginástica quer pelo menos três atletas representantes em Paris'2024
Filipa Martins e Diogo Abreu foram os únicos praticantes da modalidade em ação no Japão, mas a FGP pretende aumentar esse lote na próxima edição dos Jogos Olímpicos
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A Federação de Ginástica de Portugal (FGP) deseja apresentar, em Paris'2024, mais atletas do que os dois de Tóquio'2020, reforçando a ambição para Los Angeles'2028.
"Vamos tentar que de facto que se mantenham esses dois lugares e esperamos aumentar no que diz respeito a um segundo elemento nos trampolins e um novo na ginástica artística", elucidou, à Lusa, o presidente da FGP, Luís Arrais.
Filipa Martins, na ginástica artística, e Diogo Abreu, nos trampolins, foram os representantes da modalidade no Japão, experientes competidores que deverão, igualmente, tentar uma vaga em Paris.
O dirigente revela que "não há mudanças significativas" no modelo de apuramento olímpico, sendo que em alguns casos a preponderância está nos mundiais de 2023, enquanto noutros o circuito de taças do Mundo também tem um peso significativo na qualificação.
"Não há uma mudança drástica. Isso não existe", sossegou, ainda sem conhecer "detalhadamente" as alterações propostas pela federação internacional, que analisa a relação do número de ginastas por cada uma das disciplinas, nomeadamente a artística, a rítmica e os trampolins.
Luís Arrais conta apresentar uma equipa maior nos próximos Jogos, acreditando que, em termos de resultados, "tudo pode ser possível" se os atletas alcançarem as finais: "[Nos mundiais], A Filipa Martins já nos mostrou que se pode alcançar mais e vamos trabalhar nesse sentido."
Com um pouco mais de 21 mil federados, a FGP entende que a participação olímpica "é sempre uma referência importante" para todas as modalidades, pelo que focará o seu labor no reforço da equipa em França.
"Nos últimos dois ciclos foi feito um trabalho extremamente interessante, forte e profícuo. Queremos continuar e aumentá-lo. Nesta nova direção temos grandes objetivos e estamos já a apontar para Los Angeles'2028", vincou o antigo vice-presidente do organismo.
O dirigente elogiou "o trabalho e resiliência dos clubes, desportistas, treinadores e dirigentes", confiando que a manutenção do rumo da ginástica portuguesa a levará a patamares de "sucesso".