Depois do ouro conquistado nos Mundiais de Canoagem
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O presidente da Federação Portuguesa de Canoagem (FPC), Ricardo Machado, manifestou a convicção de que o K4 500 metros campeão do mundo vai mostrar a mesma consistência neste ciclo olímpico e brilhar em Los Angeles2028.
“Só as maiores potências do mundo conseguem conquistar lugares de pódio no K4 500 e a canoagem portuguesa, mais uma vez, mostrou que está cá para lutar por eles e está entre os melhores. Este ouro mostra que o título europeu não foi um acaso, mas um resultado que pretendemos manter e que tenha consistência ao longo deste ciclo olímpico”, vincou o dirigente.
Em declarações à Lusa, o Ricardo Machado comentava o título mundial garantido por Gustavo Gonçalves, João Ribeiro, Messias Baptista e Pedro Casinha, após já terem surpreendido em junho com o trono europeu, conseguido na Chéquia. “Esta embarcação dá-nos garantias de, além de apurar, ter condições, se tudo correr bem, para lutar pelos lugares da frente em Los Angeles'2028, que é o objetivo da federação e, principalmente, dos atletas”, reforçou.
Ricardo Machado entende que o fator-chave do sucesso deste quarteto é a “amizade” que os une, que potenciam um “efetivo espírito de união, de equipa”. “E quando estamos a falar de uma prova de K4 500 metros, em que quase todas as embarcações da final entram no mesmo segundo, esses pequenos pormenores da parte psicológica e união do grupo são aqueles milésimos que fazem a diferença entre ficarem em primeiro, segundo, terceiro… ou em sétimo ou oitavo”, ilustrou.
Apesar dos elogios, recorda que a seleção de canoagem é “um espaço aberto”, pelo que garante que não há “lugares cativos na equipa”, algo que tem garantido a “sistemática competitividade internacional”. “A Seleção Nacional nunca é um grupo fechado, pois tem de demonstrar sempre o seu valor. Felizmente, existem outros jovens que querem lutar para estar aqui e tirar o lugar a estes seus colegas. E é isso que queremos, esta competitividade interna que nos faz estar no topo da modalidade”, concluiu.