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O FC Porto anunciou esta quinta-feira a suspensão da associação com a W52 que dava nome à equipa de pelotão português. "O Futebol Clube do Porto vem informar que suspendeu o Contrato de Naming e Licenciamento de Marca celebrado com a referida Associação [Calvário Várzea Clube de Ciclismo]", pode ler-se no comunicado.
Uma decisão que, refere o clube azul e branco, será reavaliada após o "desfecho dos processos em curso".
Recorde-se que na quarta-feira a Federação Portuguesa de Ciclismo informou que a União Ciclista Internacional (UCI) suspendeu a W52-FC Porto, numa decisão que impede a equipa de competir na Volta a Portugal.
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COMUNICADO
"Em causa a suspensão do Contrato de Naming e Licenciamento de Marca com a Associação Calvário Várzea Clube de Ciclismo
Na sequência de decisão emanada pela UCI quanto à licença desportiva da Associação Calvário Várzea Clube de Ciclismo, impedindo esta de participar na próxima Volta à Portugal,
O Futebol Clube do Porto vem informar que suspendeu o Contrato de Naming e Licenciamento de Marca celebrado com a referida Associação.
Aguardaremos o desfecho dos processos em curso por forma a proceder à reavaliação da presente decisão.
A Direção"
Em 15 de julho, oito ciclistas e dois elementos do staff da W52-FC Porto foram suspensos preventivamente pela Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP) no âmbito da operação Prova Limpa. No dia seguinte, a identidade de seis desses ciclistas foi conhecida quando os mesmos foram impedidos de alinhar na terceira etapa do Grande Prémio Douro Internacional, que acabou por ser conquistado por José Neves, o único representante da equipa que continuou em prova.
Foram afastados Ricardo Vilela e José Gonçalves, além de quatro antigos vencedores da Volta a Portugal: João Rodrigues (2019), Rui Vinhas (2016), Ricardo Mestre (2011) e Joni Brandão, que herdou a vitória na edição de 2018 depois da desclassificação, por doping, do também dragão Raúl Alarcón.
Na sexta-feira passada, a organização da Volta a Portugal confirmou a presença da W52-FC Porto na 83.ª edição da prova, que decorre entre 4 e 15 de agosto, entre Lisboa e Gaia, com o diretor, Joaquim Gomes, a argumentar que a equipa não está suspensa e que poderia participar com outros corredores contratados na janela de novas inscrições, que abre em 1 de agosto.
No final de abril, dez corredores da W52-FC Porto foram constituídos arguidos e o diretor desportivo da equipa, Nuno Ribeiro, foi mesmo detido, assim como o seu adjunto, José Rodrigues, no decurso da operação a cargo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto.
A estrutura W52, ligada ao FC Porto há seis épocas, venceu as últimas nove edições da Volta a Portugal, mas os triunfos do seu corredor espanhol Raúl Alarcón, em 2017 e 2018, foram-lhe retirados também por "uso de métodos e/ou substâncias proibidas".
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