Benfica inicia o ano com um clássico de hóquei em patins na casa do FC Porto, já goleado esta época na Luz.
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Alejandro Dominguez entrou na época triunfando frente ao FC Porto, que este sábado será o primeiro adversário do novo ano, no arranque da segunda volta do campeonato. Após perder o comando, com uma derrota em Barcelos, a equipa encarnada, que fora afetada pela covid-19, reagiu na Taça 1947, conquistando o primeiro troféu da época. Foi também o primeiro de Dominguez no Benfica.
A época 2020/21 está a ser dominada pela pandemia. Como tem sido preparar jogos quando não sabe se eles vão mesmo acontecer?
-Tentamos trabalhar a partir da normalidade e transmitir tranquilidade aos jogadores. A única coisa que mudou foi a planificação. Temos um modelo que vai variando à medida que que se sucedem os acontecimentos. Os jogadores estão a adaptar-se muito bem a este ambiente.
As equipas têm de se adaptar a novas rotinas. Acha que isso as vai tornar mais fortes?
-A única coisa que faz as equipas mais fortes é a competência dos participantes. O nível do campeonato vai continuar a subir.
Já digeriu o que se passou em 2019/20, com a anulação da época, quando o Benfica liderava?
-Sim. Para mim, o passado não é importante. Vivo o presente, já que é a única coisa em que posso ter influência. Focarmo-nos no que passou ou no que se podia ter passado é um peso demasiado grande, que não é necessário carregar.
O que significa o quarto lugar do Benfica, mesmo com dois jogos em atraso?
-Antes da paragem por covid liderávamos. Depois, perdemos em Barcelos e agora há que tentar ganhar os jogos em atraso para voltar a subir.
Preparado para continuar um campeonato cheio de jogos adiados?
-Estamos preparados e com vontade de recuperar a normalidade. A equipa está muito bem e prova disso foi a Taça 1947.
Perdeu pontos com Sporting, Riba d"Ave, Sanjoanense e Barcelos. Que se passou nessas pistas?
-Com o Sporting podíamos ter ganho. Creio que dominámos o jogo. Faltou-nos eficácia, mas a equipa esteve muito bem. Contra o Riba d"Ave e Sanjoanense faltou-nos caráter e atitude. Temos de ter consciência que estamos num campeonato muito competitivo e para ganhar temos de estar bem todos as semanas. Neste campeonato não se ganha num dia mau.
O Benfica parou duas semanas antes de jogar em Barcelos. A derrota tem a marca dessa paragem?
-Sem dúvida. A equipa acusou a paragem de duas semanas e só teve cinco treinos antes de Barcelos. Mesmo assim estivemos no jogo até ao fim. Creio que se aprende com tudo e essa derrota permitiu-nos ir mais fortes para a Taça 1947.
Essa taça deu o ritmo de que a equipa precisava?
-Sim. A equipa tinha muita vontade de vencer. Além do trabalho e do rendimento, há algo muito mais importante, a vontade do trabalho conjunto para ganhar títulos.
"O play-off é mais duro, espero que se realize e que nessa altura haja adeptos nas bancadas"
O que pensa da criação desta prova, semelhante à Taça do Rei?
-É fantástica. A experiência deste formato em Espanha é muito boa, com as maiores audiências da época. Acho que aqui vai acontecer o mesmo.
Como viu os protestos da Oliveirense na meia-final?
-Todos têm o direito de defender os seus interesses, mas também há que ser justo. A Oliveirense empatou a um minuto e meio do fim, com um livre-direto totalmente inexistente, que todos viram. Parece-me lícito que defendam os seus interesses, mas o vencedor foi o Benfica, por mérito próprio e de forma merecida.
Foi uma vitória especial?
-Sim, claro. Foi o meu primeiro título como treinador do Benfica e tinha vontade de ganhar, porque o grupo trabalhou muito duro e porque os benfiquistas queriam muito este troféu.
A segunda volta começa com um FC Porto-Benfica. O que espera deste jogo?
-O Dragão é uma pista complicada e o FC Porto está num bom momento, mas temos ferramentas para poder ganhar. Se o conseguirmos, daremos uma demonstração de força no campeonato.
O campeonato é decidido em play-off. Gosta desse modelo competitivo?
-Sim, acho que é mais atrativo e duro. Espero que se realize e que nessa altura já possamos contar com os adeptos nas bancadas.
Quando olha para a classificação, vê surpresas?
-Não. Há muitas equipas com argumentos suficientes para ganhar a qualquer adversário.
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