
André Cardoso e Nélson Oliveira consideram ter condições impossíveis de igualar nos próximos anos pelas novas equipas nacionais, embora digam que os "grandes" do futebol trazem vantagens.
O FC Porto e o Sporting voltaram ao ciclismo e para o ano, tudo o indica, será a vez do Benfica. Um forte incremento na modalidade, que, todavia, não parece ainda capaz de aliciar alguns dos nossos principais emigrantes das bicicletas. Foi isso que deram a entender Nélson Oliveira, da Movistar, e André Cardoso, da Cannondale, qualquer um deles a argumentar que as condições de que desfrutam nas suas equipas e aquelas que, eventualmente, venham a ser aplicadas pelos "grandes" portugueses continuarão longe de se equiparar.
"Termos FC Porto e Sporting no pelotão é uma mais-valia, sobretudo porque o nosso país e a nossa economia rodam muito em torno do futebol. Espero agora que estas instituições - tal como o Benfica, se também voltar - façam ver aos patrocinadores em geral as vantagens que daí retiram", considera André Cardoso, claramente dentro do assunto. "A dinamização das marcas passará a ser muito mais evidente", prossegue, mas sem se comprometer... em termos pessoais. "O importante, no meu caso, é manter a carreira ao mais alto nível. Estou numa Champions League, entre os melhores do mundo", sublinha, com um sorriso. "A diferença ainda é substancial. O ciclismo português precisa de subir passo a passo. Se uma destas equipas conseguir ser profissional e participar numa Volta a Espanha, por exemplo, é um sinal excelente. Por agora, estou bem onde me encontro", sustenta Cardoso.
Idêntica opinião tem Nélson Oliveira, até porque, com dragões e leões no pelotão, "a Imprensa fala muito mais de ciclismo e há mais adeptos nas estradas". Seja como for, "não penso regressar nos próximos anos, ainda não é oportuno. "Tenho condições únicas na Movistar e não é de um momento para o outro que as coisas podem mudar em Portugal", faz notar.
