Declarações no final do jogo Benfica-Madeira SAD (27-19), da final da Taça de Portugal feminina de andebol, disputada este domingo no Centro de Desportos e Congresso de Matosinhos
Corpo do artigo
Luís Monteiro (treinador do Benfica): “Fizemos uma boa campanha, tanto ao longo da competição como nesta final. Não sabíamos exatamente como iríamos aparecer nesta fase tão longa da época, mas conseguimos apresentar-nos com mais profundidade, com mais jogadoras disponíveis para jogar, enquanto o Madeira SAD teve mais limitações, e isso foi-se notando com o decorrer do jogo. Defensivamente, estivemos muito bem. A Matilde Rosa [guarda-redes] fez uma grande exibição. Ao longo da época, a nossa defesa tem sido sólida e hoje mantivemos essa consistência. Sofremos apenas 19 golos, que está dentro da nossa média, que tem sido sofrer menos de 20 por jogo. Isso foi decisivo para conquistarmos esta vitória. A segunda parte foi determinante. Houve alguma dificuldade do adversário, mas também conseguimos manter a concentração. Talvez o cansaço delas tenha influenciado. Optaram por jogar em 7 contra 6, o que não nos surpreendeu totalmente. Soubemos adaptar-nos. Defendemos bem a zona central, tomámos sempre boas decisões na defesa e, no ataque, fomos marcando, o que facilitou muito a nossa tarefa. A época foi muito positiva. Podia ter sido melhor, faltou-nos ganhar a Supertaça e ter ido mais longe na Europa. Gostaríamos de ter chegado à fase de grupos das competições europeias, mas foi uma primeira experiência. Ainda assim, estamos muito satisfeitos com o que fizemos”.
Sandra Martins (treinadora do Madeira SAD): “Custa perder pela frustração de não termos conseguido pôr em prática aquilo que tínhamos planeado, principalmente para a segunda parte. A primeira parte foi equilibrada, mas, depois, tivemos muitas dificuldades. Dou os parabéns ao Benfica, que foi um justo vencedor. Quando se tem um plantel tão curto como o nosso, torna-se muito difícil encontrar soluções. Por mais que queiramos criar alternativas para ter sucesso, complica. Esta foi uma época muito difícil. Tivemos muitas lesões e várias complicações que condicionaram a nossa estratégia ao longo da temporada. O Benfica foi um justo vencedor — não há nada a apontar. Quando conseguíamos ultrapassar a muralha defensiva do Benfica, falhámos em momentos decisivos. Resta reconhecer que, dentro das limitações que tínhamos, fizemos uma época muito positiva. Ganhámos a Supertaça, o que foi muito importante e motivador. Tenho muito orgulho no que estas jogadoras fizeram, mesmo com tantas limitações. Isso mostra que há uma base e espaço para o futuro. Esta é claramente uma equipa muito jovem, mas com uma grande resiliência no seu processo de crescimento. Fiquei muito feliz por termos conquistado a Supertaça este ano. Quando acabou esse jogo, eu disse a mim mesma que este ano seria muito difícil ganharmos mais alguma coisa. Não quer dizer que entrei derrotada na final, mas sabia o que podia acontecer”.