Diana Taurasi explicou que teve de ir jogar para a Rússia para receber um salário "capitalista", criticando o dinheiro que ganham as basquetebolistas da liga feminina dos Estados Unidos
Corpo do artigo
Diana Taurasi, que era uma das principais estrelas da liga feminina de basquetebol dos Estados Unidos (WNBA) até à sua retirada, aos 43 anos, em 2024, refletiu num documentário da Amazon sobre a sua carreira e acerca da disparidade de salários que recebeu na Europa quando comparados ao que lhe pagavam no seu país.
A antiga base, que venceu um número recorde de seis Jogos Olímpicos pelos EUA e, na WNBA, jogou apenas ao serviço das Phoenix Mercury, explicou que teve de ir jogar para a Rússia, dividindo várias épocas no Dínamo Moscovo, Spartak Moscovo e UMMC Ekaterinburg - também representou o Fenerbahçe e Galatasaray na Turquia – para ganhar salários que considerava dignos da sua profissão.
“Uma vez voltei [aos EUA] e pensei: ‘Os meus pais estão a envelhecer e estou a perder grande parte das suas vidas. Não ganhávamos muito dinheiro, pelo que uma boa parte da nossa riqueza estava em ir para a Rússia jogar todos os anos. E depois tínhamos de regressar, cobrando nada, para estar numa liga mais dura, com más condições, contra as adversárias mais fortes do Mundo. Até a porra do zelador do pavilhão ganhava mais do que eu”, lamentou, acrescentando: “Sou a melhor jogadora do Mundo e tenho de ir para um país comunista para que me paguem como uma capitalista”.
Para termos de comparação, Taurasi chegou a ganhar um salário máximo permitido na WNBA que era na altura equivalente a cerca de 92 mil euros por época, ao mesmo tempo que ganhava 1,5 milhões na Rússia.