"A primeira semana vai ser movimentada", diz o ciclista belga antes do Tour
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Remco Evenepoel vai tentar “sobreviver” às 10 primeiras etapas da Volta a França, que começa verdadeiramente “na segunda semana com os Pirenéus”, declarou o ciclista belga da Soudal Quick-Step, terceiro classificado da edição de 2024.
“Vou apenas tentar sobreviver durante os 10 primeiros dias. A primeira semana vai ser movimentada. É o que desejo? Não, mais é o que tenho de fazer”, lamentou o duplo campeão olímpico.
A alta montanha ficou fora da primeira parte da 112.ª Volta a França, aparecendo no percurso apenas à 12.ª etapa, já depois de cumprido o primeiro dia de descanso, em 15 de julho. “Penso que toda a gente sabe que o verdadeiro Tour, em termos de classificação geral, começará na segunda semana, com os Pirenéus”, salientou.
Perante a expectativa de umas primeiras jornadas nervosas, com várias rampas explosivas, estradas estreitas e previsões de vento, Evenepoel espera apenas ultrapassar as 10 etapas iniciais “sem problemas”.
Em conferência de imprensa, a três dias do arranque da "Grande Boucle", em Lille, o vencedor da classificação da juventude da passada edição, em que foi terceiro atrás do esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates) e do dinamarquês Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike), assumiu querer vencer o contrarrelógio da quinta etapa.
“Uma vez que [o crono] esteja feito, podemos abordar as tiradas e as semanas seguintes com menos stress”, previu. Vencedor do contrarrelógio da sétima etapa do Tour'2024, o campeão olímpico de fundo e crono recordou o seu “inverno horrível”, aludindo à colisão num treino, em dezembro, com um veículo dos correios, depois de uma carteira ter aberto abruptamente a porta. “Não consegui ter uma verdadeira preparação de pré-época, o que é aborrecido”, admitiu.
O acidente deixou-o com fraturas numa costela, omoplata e mão direitas, contusões nos pulmões e uma deslocação da clavícula direita, que rasgou os ligamentos envolventes, e obrigou-o a uma longa paragem – só regressou à competição em meados de abril. “É preciso ir dia a dia e aceitar como corre o Tour”, declarou, dizendo não saber se encurtou diferenças para Pogacar e Vingegaard, claramente superiores no ano passado e também recentemente no Critério do Dauphiné, no qual o belga de 25 anos foi quarto.