Europeu de hóquei: Portugal comilão só deixou a palha e há dois para substituir
Caneco erguido no Europeu de Paredes apaga críticas à má primeira fase, sabiamente corrigida
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Quando a Seleção Nacional partiu à recuperação do título europeu, os velhos do Restelo condenaram algumas escolhas de Paulo Freitas, mas a verdade é que ganhou a GoldenCat, torneio de preparação. Já em Lordelo, e ao cabo do último lugar no grupo, o volume das críticas aumentou e nem o 22.º troféu calou aqueles que, agora, falam da incongruência do regulamento que permitiu ser campeão, situação para a qual não há volta a dar.
O selecionador guardou a reação para os festejos, assumiu que “começámos por não ser competentes” e disse que deu o seu melhor, “tomando decisões sem ir contra ninguém”. Irónico e desafiador, comparou os descontentes com os burros, deixando dentro da equipa a certeza de ter ajudado a que o “processo mental” fosse trabalhado a partir dos quartos de final. Após bater Andorra, venceu a campeã europeia e mundial Espanha e deu 4-1 à França na final.
Em crescendo, os portugueses foram exímios ao colocarem em prática a estratégia planeada e, se fosse eleito um MVP, Xano Edo e o rookie Rafael Bessa seriam os maiores candidatos, enquanto nos goleadores aconteceu um raro empate a sete golos entre quatro jogadores: Alvarinho, Carlo Di Benedetto (França), Cocco (Itália) e Picanyol (Andorra).
Selecionador e Rafa para substituir
Já se sabia que Paulo Freitas deixaria a Seleção após o Europeu, rumando ao FC Porto, clube onde reencontrará Rafa Costa, cujo fim de linha de quinas ao peito foi anunciado na comemoração do título. Quem sucederá a ambos é algo em suspenso. O futuro selecionador terá a missão de recuperar o título mundial (2026) conquistado em 2020 e perdido nas duas edições seguintes. Por aquilo que mostrou ao comando da França, o alentejano Nuno Lopes é um trunfo. Após Ângelo Girão, Rafa é o segundo a dar a vaga, lamentando que “esta geração devia ter vencido mais vezes”. A novidade do Europeu foi a introdução de algumas novas regras e a existência de VAR apenas nas meias-finais e final espelha a fraca tesouraria da WSE.