Organismo, que reuniu com os 18 clubes participantes, justificou a decisão com a "forte condenação a qualquer ato de guerra, como o que está a acontecer na Ucrânia".
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A Euroliga de basquetebol decidiu, esta sexta-feira, que os jogos previstos acontecerem na Rússia sejam disputados num outro território, face à agressão militar do país de leste à Ucrânia.
O organismo, que reuniu com os 18 clubes participantes e que suspendeu todos os desafios com equipas russas, justificou a sua decisão com a "forte condenação a qualquer ato de guerra, como o que está a acontecer na Ucrânia".
O Zenit S. Petersburgo-FC Barcelona, agendado para sexta-feira, foi suspenso, tal como já o foram, na passada quinta-feira, o Bayern Munique-CSKA Moscovo e o Baskonia-Unics Kazan, embora, neste caso, os russos sejam visitantes.
As reações no desporto à invasão à Ucrânia levaram também a que o Grande Prémio da Rússia de Fórmula 1, previsto para Sochi, em 25 de setembro, tenha sido cancelado.
"Na quinta-feira à noite, a Formula One, a FIA [Federação Internacional do Automóvel] e as equipas [participantes do Mundial] discutiram a posição do nosso desporto e a conclusão foi, considerando a opinião de todos, que é impossível organizar o Grande Prémio da Rússia nas condições atuais", indicou o grupo, em comunicado.
No futebol, e já depois da final da Liga dos Campeões ter sido retirada a São Petersburgo para se disputar agora em Paris, os jogos das competições europeias a serem disputados na Ucrânia ou na Rússia vão passar para terreno neutro. O Spartak de Moscovo é o único clube dos dois países em competição, indo agora defrontar os alemães do Leipzig.
"Na reunião do Comité executivo ficou também decidido que os clubes e as seleções nacionais da Rússia e da Ucrânia disputem os seus jogos em casa em campos neutros, até novas indicações", acrescentou a UEFA
Já na quinta-feira, a Polónia, que deveria visitar a Rússia em 24 de março, a República Checa e a Suécia, possíveis adversários dos russos, apelaram à FIFA para não jogarem em território russo nos play-offs de apuramento para o Mundial'2022.
"Os signatários deste apelo não consideram viajar para a Rússia e disputar jogos de futebol no país. A escalada militar que estamos a observar implica consequências sérias e uma considerável perda de segurança para as nossas equipas", refere a carta à FIFA das federações de futebol da Polónia, República Checa e Suécia.
A Rússia lançou na madrugada de quinta-feira uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.