É o segundo jogo de Portugal nesta prova
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A Seleção portuguesa de basquetebol defronta esta sexta-feira a Sérvia, principal candidata à vitória no Campeonato da Europa de 2025, em encontro da segunda jornada do Grupo A, na Xiomani Arena, em Riga, na Letónia.
Depois do triunfo de quarta-feira com a Chéquia, por 62-50, no que foi a mais expressiva vitória de sempre de Portugal em Europeus, a primeira desde 2007 e o jogo com menos pontos sofridos desde 1951, segue-se uma "missão impossível".
A Sérvia, que procura o primeiro título continental desde o fim da Jugoslávia, é a grande favorita ao triunfo no EuroBasket'2025 e começou a prova de forma afirmativa, ao vencer a Estónia por 34 pontos (98-64).
O poste Nikola Jokic, que acabou a fase regular da edição 2024/25 da NBA, ao serviço dos Denver Nuggets, com média de triplo duplo (29,6 pontos, 12,7 ressaltos e 10,2 assistências), é a grande figura do cinco de Svetislav Pesic.
Por seu lado, Portugal, que está pela quarta vez na fase final, depois de 1951, 2007 e 2011, chega motivado pelo triunfo sobre os checos, guiado por uma grande exibição de Neemias Queta, autor de 23 pontos e 18 ressaltos.
Depois da Sérvia, Portugal, que começou com um triunfo sobre a Chéquia (62-50), ainda defronta a Turquia (sábado), a coanfitriã Letónia (segunda-feira) e a Estónia (quarta-feira), precisando de ficar num dos quatro primeiros lugares do agrupamento para seguir para os "oitavos".
O encontro entre Portugal e a Sérvia, da segunda jornada do Grupo A do EuroBasket'2025, tem início às 21h15 locais (19h15 em Lisboa), na Xiomani Arena, em Riga.
A 42.ª fase final do Europeu começou na quarta-feira e termina em 14 de setembro, disputando-se em Riga (Letónia), Limassol (Chipre), Tampere (Finlândia) e Katowice (Polónia).
Ouve-se agora o hino de Portugal.
O base internacional turco Shane Larkin afirmou hoje à agência Lusa que Portugal tem uma “equipa talentosa” e que o jogo de sábado, da terceira jornada do Grupo A, vai ser “desafiante”.
“Vai ser um jogo desafiante. Acho que todos os jogos vão ser desafiantes, de formas diferentes. Portugal tem uma equipa muito talentosa, com um jogador grande [Neemias Queta] junto ao cesto, que fez um grande jogo contra a República Checa”, projetou Shane Lakin, após o triunfo sobre os checos (92-78), em Riga.
Na zona mista da Xiaomi Arena, o atual jogador do Anadolu Efes, e que já passou na NBA por Dallas Mavericks, New York Knicks, Brooklyn Nets e Boston Celtics, afirmou que “todos os jogos vão ser diferentes”.
“No primeiro jogo [93-73 à coanfitriã Letónia], jogámos mais fora, hoje jogámos mais dentro. Podemos ganhar a jogar das duas formas, no "pick and roll" ou com triplos. Penso que temos uma equipa completa. Agora, é regressar ao hotel, descansar um bocado e estar prontos para amanhã [sábado]”, disse Larkin.
Para já, o jogador nascido nos Estados Unidos, há 32 anos, está satisfeito com a forma como a Turquia começou a prova, apesar de hoje a Chéquia ter chegado ao final do primeiro período com uma vantagem de seis pontos (27-21).
“Sentimo-nos bem, confiantes. Vencemos os dois primeiros jogos, mas hoje foi uma boa lição, para aprendermos que todas as equipas entram forte e dão o seu melhor para vencer. Amanhã [sábado] teremos de entrar fortes”, frisou o base titular dos turcos, depois de somar cinco pontos, quatro ressaltos e três assistências, em 27.52 minutos.
Autor de 21 pontos face aos checos, Cedi Osman também não espera facilidades face a Portugal.
“Vai ser um jogo difícil, frente a um adversário que tem melhorado de ano para ano. Sabemos que tem uma boa equipa e fez um bom jogo com a República Checa”, afirmou o extremo, que alinhou em 2024/25 nos gregos do Panathinaikos.
O ex-jogador de Cleveland Cavaliers e San Antonio Spurs, de 30 anos, garantiu que a equipa vai descansar, observar Portugal e estar “pronta” para o jogo de amanhã [sábado].
O encontro entre Portugal e a Turquia, da terceira jornada do Grupo A do Eurobasket2025 realiza-se no sábado, pelas 21h15, na Xiomani Arena, em Riga, onde, ainda hoje, a formação lusa defronta a Sérvia, no mesmo horário.
O treinador adjunto da seleção portuguesa de basquetebol Nuno Manarte frisou, esta quinta-feira, à agência Lusa que a formação das quinas vai ter pela frente na sexta-feira, no Eurobasket, um jogo de grande complexidade face à Sérvia.
“Em primeiro lugar, temos de entender a realidade do jogo que vamos apanhar. Eu não acredito em tentar ludibriar a realidade do jogo. É uma equipa muito difícil, muito complicada, com muito talento e estou a dizer isto certo do que digo”, explicou.
Para Nuno Manarte, é obrigatório entender essa realidade, “que vai ser um jogo muito difícil a todos os níveis, a nível físico, a nível defensivo, a nível ofensivo”.
“Mas, se entendermos isso, se jogarmos cada posse de bola como se fosse a última, se tivermos no limite os 40 minutos, poderemos ter uma percentagem de conseguir competir com esta equipa”, acrescentou, reconhecendo, porém, que essa percentagem “pode não ser muito elevada”.
O adjunto de Mário Gomes, que falou após o treino de da formação lusa na Xiomani Arena, em Riga, não tem dúvidas que “este é o primeiro passo, esta preparação mental para a realidade do que vai ser o jogo e aquilo com que Portugal se vai deparar”.
Portugal vai enfrentar na sexta-feira a Sérvia e no sábado a Turquia, uma dupla jornada em dias consecutivas que traz uma maior exigência física, mas para a qual a equipa lusa está preparada.
“Nós fazemos uma gestão de 12 jogadores e isso faz que nestes jogos em dias seguidos haja uma recuperação um pouco melhor, apesar de haver uns que jogaram um pouco mais ontem [quarta-feira] e que, provavelmente, irão jogar um pouco mais amanhã [sexta-feira], e terão de repetir no jogo com a Turquia”, explicou.
Nuno Manarte espera que essa rotação possa dar frutos “não tanto agora, mas um pouco mais à frente”, sendo que, “mentalmente, neste palco, as questões do cansaço” sejam postas “um pouco para trás”.
Portugal vai ter pela frente os dois jogos mais complicados no Grupo A, mas chega embalado depois de ter vencido na quarta-feira a República Checa, por 62-50.
“Em primeiro lugar, há a satisfação de estarmos num Europeu e termos uma primeira vitória, num primeiro jogo que, tradicionalmente, é muito complicado, onde há muita ansiedade, muito nervosismo”, lembrou.
O ex-base destacou que a equipa “defendeu bastante bem”, mesmo “não fazendo um jogo bom, não fazendo um jogo bonito”, pois se sofrer 50 pontos foi “muito bom, os 62 pontos também são poucos e, a este nível não se podem repetir”, pois “se repetirmos, vai ser muito difícil ganhar.
“Custou-nos muito atacar. Acho que foi um pouco a consequência desta ansiedade, deste nervosismo de estar neste palco, mas, se me dissessem antes de vir para o Europeu que o primeiro jogo era uma vitória eu assinava por baixo”, frisou.