Rui Silva explica tatuagem: "Foi para sentir que o Quintana ia estar sempre comigo"
Rui Silva marcou o golo da vitória contra a França que leva Portugal aos Jogos Olímpicos e disse ter sido guiado por uma estrela no céu, a de Alfredo Quintana. Fez tatuagem em sua homenagem e garante que ontem esteve consigo: "Caixinhas, o maior, agora vamos a Tóquio"
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Rui Silva, autor do golo decisivo contra a França (triunfo por 29-28) que permitiu a Portugal qualificar-se para os Jogos Olímpicos, falou com emoção na chegada a Lisboa, recordando Quintana e prometendo continuar a fazer história.
Golo decisivo: "É uma sensação incrível visto que estamos a falar de algo histórico para a modalidade e para o país. Só tenho de me sentir muito orgulhoso, mas ao mesmo tempo sentir que todos marcámos o golo, somos um grupo incrível. E ainda para mais com aquela estrelinha que ontem parecia que me deu a bola para as mãos e depois ainda fez o mais difícil que foi metê-la lá dentro."
Frieza: "É uma questão de segundos e se calhar nem eu tenho noção do que me veio à cabeça naquele momento. Só o golo interessava, aconteceu, agora nem penso no que poderia não ter acontecido. Agora é usufruir e vamos a Tóquio."
Jogos Olímpicos: "Ambição é a mesma que nos tem caracterizado nestes últimos três anos, ir para fazer história. Nos últimos dois anos temos feito história e agora vamos lá à procura de mais um sonho, de umas medalhas, quem sabe.
Evolução: "Houve uma evolução muito grande no andebol em Portugal a nível de clubes e de Seleção, isso é notório. Individualmente sentimo-nos muito mais capazes, se calhar a nossa mentalidade acaba por mudar e acreditamos que ninguém é inferior a nós, que são sete contra sete e podemos ganhar a qualquer um."
Emoções: "É muito complicado de gerir, é um sonho, é a maior competição de modalidades. Estamos nervosos, ansiosos, mas ao mesmo tempo com uma vontade enorme de conseguir o que conseguimos ontem."
Tatuagem de Quintana: "Foi um sentimento muito especial. Quando tatuei foi para sentir que ele ia estar sempre comigo, que ia estar sempre no meu braço, e ele ontem acabou por estar comigo. É muito difícil, mas infelizmente agora temos de continuar e levá-lo para sempre connosco."
Presença de Quintana: "Viu de certeza, celebrou e dançou de certeza que era do que ele gostava de fazer. 'Caixinhas, o maior, agora vamos a Tóquio'. Vai andar sempre connosco até ao resto das nossas vidas."