Em época de estreia no Nun"Álvares, o brasileiro Caio pretende ajudar o clube a virar a página de uma primeira volta "complicada" e aponta a "entrega e união" como chaves para atingir o objetivo.
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Após 15 jornadas, o Nun"Álvares obteve a segunda vitória na Liga Placard ao bater, por 5-2, uma das sensações da prova, o Quinta dos Lombos. "Foi uma grande vitória. Conseguimos pontuar pela primeira vez fora de casa e isso dá uma grande confiança ao grupo. Defendemos bem e fomos muito eficazes, executando o nosso plano da melhor forma possível", resume Caio Santos, a grande figura da partida ao assinar dois golos. "Estive em bom plano, mas há sempre espaço para melhorar. Fiquei muito feliz por ter marcados dois golos. Ajudei a minha equipa e isso é o mais importante", sublinha o fixo.
A formação fafense subiu apenas esta época ao escalão maior do futsal e Caio aponta justamente esse facto como um dos motivos para uma época difícil, contudo, garante lutar até ao fim para alcançar a permanência. "Esta época tem sido uma aprendizagem. A Liga Placard é mais intensa e competitiva, mas não vamos baixar os braços e vamos honrar o emblema. Agora, cada jogo é uma final. Ainda falta muito campeonato e vamos dar tudo para alcançar o nosso grande objetivo. Os próximos tempos irão ser muito duros, mas as grandes batalhas estão guardadas para os grandes homens... e nós somos grandes", analisa.
Caio mudou-se para Fafe esta temporada, porém, sente que faz parte do clube e da cidade há muitos anos devido à "amabilidade" e "ajuda" de toda a estrutura do clube. "Gostei muito do projeto e decidi mudar-me. Adaptei-me muito bem e para mim esta a malta é como uma segunda família. Tenho uma no Brasil, e uma cá. Sinto-me mesmo em casa", conta, dizendo que está a ser uma das suas melhores épocas. "Estou a aprender muito. É a minha segunda época na primeira divisão e sinto que estou muito melhor. O ano passado tive algumas lesões que dificultaram o meu desempenho, mas este ano está a ser um dos melhores", disse, bem disposto.
Aos seis anos já dava "show"
Caio Santos iniciou-se muito cedo no futsal. Com seis anos, o brasileiro ingressou numa escolinha de futsal do bairro onde vivia e rapidamente começou a "dar show" nas quadras. "Estava predestinado. Quando comecei tinha apenas seis anos, mas já jogava com atletas de outros escalões, mais velhos do que eu. Ou seja, eu era mesmo o mais pequenino, mas até tinha jeito", recorda o fixo.
O jogador, de 27 anos, começou o percurso profissional nos brasileiros do Vasco da Gama, conciliando o trabalho e os estudos com a paixão de jogar futsal. "O Vasco foi onde me dediquei mais a sério. Mas era difícil, porque eu estudava e trabalhava. Mesmo assim, consegui dar o salto para a Portuguesa e, mais tarde, profissionalizar-me em Portugal. O Mogadouro também tem um grande papel na minha vida. Foi lá que me evidenciei e consegui alcançar grandes feitos. É um clube muito querido para mim", conta.
Caio tem em Ferrão, melhor jogador do mundo e uma das figuras da seleção canarinha, a sua grande referência no mundo do futsal, e também admira Vinícius Rocha, reforço do Benfica.