Pedro Cary, antigo internacional português, conversou com O JOGO sobre a edição 2023/24 da Liga Placard, que começa este sábado.
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Regressa este sábado a emoção da Liga Placard, um dos campeonatos mais competitivos à escala europeia e mundial. O pontapé de saída está agendado para as 11 horas, com o embate entre Belenenses e Candoso.
Sporting, tricampeão nacional e detentor de 18 troféus, e Benfica, vencedor por oito vezes, são os crónicos candidatos ao título, com o Braga a intrometer-se cada vez mais na luta pelo campeonato. Quem o diz é Pedro Cary, ex-futsalista, 39 anos, que fez parte de uma geração de jogadores da Seleção Nacional e do Sporting para quem ganhar se tornou rotina. O agora técnico da FPF na área da formação conversou com O JOGO e fez o lançamento da edição 2023/24, que conta com o regresso do histórico Belenenses. "A Liga Placard tem vindo a crescer a olhos vistos e, nesta edição, temos 12 equipas muito competitivas, com mais qualidade e melhores condições. As Direções estão mais competentes e isso também é um bom sinal", descreve.
O antigo futsalista entende que a vitória encarnada na Supertaça pode ser um ponto de viragem, contudo assume que a formação de Nuno Dias não dará tréguas. "Penso que a luta pelo título nacional irá ser novamente a três. O Braga conseguiu um brilharete na época passada e reforçou-se muito bem este ano. Não contesto que Joel Rocha e a sua equipa consigam granjear uma final. Depois, temos o Sporting e Benfica. Estou curioso para perceber como é que o Sporting se irá exibir. Sem Guitta e Erick, a equipa ficou mais pobre, tal como a nossa liga. Na minha ótica, é um bom momento para o Benfica se equilibrar, ganhar confiança e compreender como quebrar a hegemonia leonina. Na Supertaça já vimos um pouco disso e é sempre bom outras equipas ganharem. Mas preparem-se, o Sporting não vai baixar a guarda e é preciso dar tempo aos novos jogadores", atira Cary.
"O Eléctrico é uma das equipas que mais me tira o sono. Reforçou-se muto bem com o Garrincha e com o Santana, entre outros, e estou com expectativas altas. Já o recente desinvestimento do Candoso preocupa-me, acredito que irão ter algumas dificuldades este ano", expõe.
Pedro Cary assume que há ainda um longo caminho a percorrer em direção à total profissionalização da modalidade, porém contempla com bons olhos a introdução do videoárbitro (VAR) nas fases decisivas. "O VAR ajuda muito, é a realidade. Faz com que o resultado seja mais justo. Mas temos de entender que somos todos humanos e que erramos. Os atletas e os treinadores erram muito mais do que os árbitros, há estudos a comprovar isso. Calculo que a nossa Liga ainda não esteja pronta para ter VAR em todos os jogos, porém agrada-me possuir esta ferramenta nas decisões das provas portuguesas", conclui.
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