Está aí a Liga Placard: Sporting de regresso, os candidatos e o que há a saber
Regresso do Sporting é a maior novidade e pela primeira vez a Liga Placard terá quatro candidatos ao título que pertence à Oliveirense.
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"O próximo ano vai ser fantástico, com os três grandes e o bicampeão, que é a Oliveirense". Em junho, mal conquistava o segundo título nacional seguido, com vitória por 3-1 sobre o Benfica na final do play-off, o técnico Norberto Alves já apontava a 2019/20. E a razão para tal é o facto de a 12.ª edição da Liga Placard, que começa este sábado, ter o Sporting de volta ao escalão máximo após 24 anos de ausência, aumentando o número de participantes (de 12 para 14) e de candidatos à vitória.
De volta após 24 anos, leões vão à procura do sucesso imediato face a um Benfica que também investiu, um FC Porto com quatro americanos novos e uma Oliveirense obrigada a refazer o plantel
A exemplo do que aconteceu no regresso do voleibol (campeões em ano de estreia em 2017/18), os leões entram diretamente na corrida ao título, com Oliveirense, Benfica e FC Porto, num panorama bem diferente do passado: águias (seis títulos, incluindo um período em que eram quase únicos favoritos) e dragões (três) dominaram a liga anos a fio até os de Oliveira de Azeméis romperem essa hegemonia.
Face à inclusão do Sporting, a Liga Placard terá 14 equipas em 2019/20. A novidade só durará uma época e, em 2020/21, regressará o campeonato com os habituais 12 clubes
Construída de raiz, a formação verde e branca apresenta-se competitiva, mesmo que a dada altura o técnico Luís Magalhães tenha revelado existir dificuldade para contratar - "os clubes souberam que o Sporting ia participar e anteciparam-se", dizia -, sendo as principais figuras James Ellisor (MVP da última final) e Travante Williams, ambos ex-Oliveirense.
O Benfica, volvida uma época em branco, fez o maior investimento de todos, também a pensar na campanha europeia: João "Betinho" Gomes e Damian Hollis regressaram à Luz, Micah Downs recuou na decisão de sair, chegou um ex-NBA, Toure" Murry, enquanto Gary McGee e Eric Coleman (este ex-Oliveirense) foram escolhas para as áreas junto ao cesto.
Cada equipa passou a poder inscrever até cinco atletas de "formação basquetebolística estrangeira"
Perdendo Ellisor, Travante e Coleman, mas também Thomas DeThaey para os espanhóis do Breogán, a Oliveirense ficou sem quatro elementos do seu cinco inicial, começando quase do zero a busca pelo "tri". O desfecho da Supertaça (derrota com o FC Porto por 92-69), no último domingo, em Vila Real, mostrou que há muito trabalho pela frente.
Já os portistas, os primeiros a festejar na nova época, reforçaram-se com quatro estrangeiros, passando a ter seis: a Brad Tinsley e Sasa Borovnjak juntaram-se os norte-americanos Max Landis, Preston Purifoy, Tanner McGrew e Noah Starkey, este para começar na equipa B, sendo o núcleo duro nacional uma mistura de experiência e novos valores, entre os quais se destacam Vlad Voytso e Francisco Amarante, da seleção de sub-20 que conquistou o Europeu B este verão, em Matosinhos.
undefinedNo final de 2019/20, haverá quatro a descer à Proliga: o 13.º e o 14.º, mais os vencidos de um play-out entre o 9.º e o 12.º da fase regular
Além dos grandes e do bicampeão, a Ovarense também estará bem colocada para lutar pelo top 4, havendo ainda expectativa em torno do Vitória de Guimarães, que entrou num novo ciclo. Na linha dos últimos dois anos, a Liga promete ser equilibrada e, tendo um número nunca antes visto de candidatos, o desfecho torna-se mais incerto. Até o facto de descerem quatro emblemas fará subir as emoções...
Treinadores: os consagrados e a nova geração
Dos treinadores lusos mais bem sucedidos além-fronteiras, Norberto Alves, Luís Magalhães e Alberto Babo - neste lote só faltará Mário Palma - vão, esta época, fazer parte da Liga Placard, que sai também valorizada por contar com eles.
Norberto Alves, Luís Magalhães e Alberto Babo, bem sucedidos lá fora, cruzam-se agora na Liga
Os dois últimos foram campeões nacionais ainda nos tempos da antiga Liga de Clubes, seguindo depois para Angola. Após os títulos com a Portugal Telecom (de 2001 a 2003), FC Porto (2004) e Ovarense (1988 e 2007), Magalhães foi campeão angolano e africano pelo 1.º de Agosto, conquistando o Afrobasket"2009 com essa seleção. Agora, após quatro anos de afastamento, regressou ao ativo pela mão do Sporting. Já Babo, campeão pelo FC Porto em 1999 e pelo CA Queluz em 2005, festejou o título angolano no Petro de Luanda e conquistou uma Supertaça com o Interclube, treinando o Maia em temporada de regresso ao topo. Norberto teve um percurso inverso: foi primeiro campeão angolano e africano com o Libolo e só depois campeão nacional, ao voltar a Portugal, indo para a terceira época na Oliveirense.
No meio deste trio e de outros nomes já titulados no panorama nacional, como Moncho López e Carlos Lisboa, novos técnicos ganham espaço: Carlos Fechas (Vitória de Guimarães, 38 anos) e Pedro Loth (Lusitânia, 40) são estreias absolutas, enquanto Nuno Manarte (Ovarense, 43), João Pedro Figueiredo (Illiabum, 40) e Hugo Salgado (Galitos, 32) vão dando provas pela nova geração.
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