
Espanha foi afastada, pela World Rugby, do Mundial de 2023
Decisão da WR permite a Portugal ainda sonhar com a presença no Mundial de 2023
A Federação Espanhola de Râguebi (FER) anunciou esta quinta-feira, entre outras medidas, que vai denunciar ao Ministério Público (MP) a "alegada falsificação de passaporte" do jogador Gavin van der Berg, que a fez perder o lugar no Mundial de 2023.
Os espanhóis qualificaram-se diretamente para o França'2023, ao terminarem o apuramento europeu em segundo lugar, mas viram a World Rugby retirar-lhes dez pontos pela utilização irregular de um jogador em dois jogos.
A decisão deixa os leones de fora do Mundial e permite a Portugal disputar um torneio de repescagem, além de qualificar diretamente a Roménia, no lugar da seleção espanhola.
"Tal como foi hoje informado o diretor-geral do Conselho Superior dos Desportos, Albert Soler, será dado conhecimento do caso à "Fiscalía" [Ministério Público] nas primeiras horas de sexta-feira", anunciou a FER, em comunicado.
O objetivo é que seja "investigada a alegada falsificação do passaporte do jogador, o que pode levar a consequências penais, para além das desportivas".
Segundo a FER, o jogador de origem sul-africana e o Alcobendas Rugby terão adulterado as datas de entrada e saída em Espanha no momento da inscrição do clube no campeonato espanhol, de forma a ser elegível para representar a seleção.
Nesse sentido, comunicou a FER, "prossegue a ação disciplinar" que teve início sobre o clube "a partir do momento em que se teve conhecimento da possível modificação do documento", o que pode resultar "além de uma sanção económica, na desclassificação e descida de divisão".
A meia-final da Taça do Rei de Espanha, entre o Alcobendas e o El Salvador, que estava agendada para domingo, foi também adiada "de forma preventiva".
A World Rugby (WR) confirmou esta quinta-feira a presença de Portugal no torneio de repescagem para o Mundial de França'2023, após a sanção de 10 pontos aplicada à Espanha.
A decisão já tinha sido avançada pela Federação Espanhola de Râguebi (FER), que dispõe, segundo a nota publicada pela WR, de "14 dias" para recorrer, "após a data de publicação da decisão do comité" independente nomeado para analisar o possível incumprimento da Lei 8 do organismo.
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