Nelson Oliveira arranca no sábado para a sétima Volta a França e salienta a ambição da Movistar com Enric Mas como líder inequívoco. Vê Jumbo e UAE como os blocos "mais fortes". Ruben Guerreiro é uma das cartas a jogar. "Se for preciso um plano B é bom ter alguém como o Ruben", diz o bairradino à conversa com O JOGO. Vinca o desejo de que um luso volte a ganhar uma etapa.
Corpo do artigo
A Movistar anunciou o elenco de oito homens que leva a Bilbau, no sábado, para o arranque da Volta a França. Nelson Oliveira vai fazer o sétimo Tour e a 18.ª Grande Volta, enquanto Ruben Guerreiro avança para o terceiro, o primeiro pela Movistar. Nelson é um dos mais experientes em prova e vai colocar-se ao trabalho para tentar dar a vitória da camisola amarela à estrutura espanhola, um sonho antigo.
Nelson conhece bem o líder, pois esteve a seu lado no País Basco, Tirreno e Dauphiné. "O objetivo é tentar o pódio e o Enric Mas pode estar a discutir etapas com os favoritos. Ainda para mais, é um Tour mais duro do que os anteriores. Nesta prova, para trepadores, acreditamos no pódio", destaca o ciclista de 34 anos, natural da Anadia, que reconhece que os blocos da "UAE e da Jumbo-Visma são os mais fortes", mas que um contrarrelógio que é, em parte, uma cronoescalada beneficia: "É bom para quem se destaque na montanha. E também não termos etapas de paralelo deixa-nos felizes. Porque são sempre muito perigosas e todos se condicionam muito", explica.
Pedrero, Muhlberger, Aranburu, Gorka Izagirre e Matteo Jorgenson completam o lote da Movistar. Aranburu pode caçar alguma tirada e Jorgenson tem características idênticas a Guerreiro. O português tinha declarado o objetivo de ajudar Enric Mas nas montanhas e subir a um top-10 do Tour, objetivo para o qual mudou da EF no final de 2022. Oliveira vinca que o plano A está bem estabelecido: "Ainda temos de falar melhor na equipa, mas a ideia é que seria tudo para o Enric Mas, porque tem feito pódios contínuos na Vuelta. Dá garantias. Claro que tudo depende do desenrolar da corrida. Há um plano A. Se for preciso um plano B é bom ter na equipa um corredor como o Ruben."
Dificilmente fará parte das fugas, mas se coincidir com Rui Costa, da Intermarché-Wanty, o outro português em prova, o bairradino lembrar-se-á dos tempos da Lampre: "Não prometo puxar na frente por ele, mas era bonito se um português voltasse a ganhar na Volta a França."