Emerson Fittipaldi: "O Brasil tem tudo, mas falta quem o saiba pilotar"
Foi campeão mundial de Fórmula 1 (1972 e 1974) e um dos quatro pilotos que também ganhou a Fórmula Indy (1989). Falou da carreira, avaliou o estado atual do Brasil e fechou com uma profissão de fé.
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Tem medo das alturas, mas subiu ao olimpo da F1. Tem fobia por aranhas, mas criou uma luzidia teia de influências. Tem medo de armas, mas não deixa de lutar por um Brasil, que diz “não ter quem o saiba pilotar”. Aos 76 anos, Emerson Fittipaldi passou pelo salão AutoClássico do Porto e conversou com O JOGO na sala Porsche Club da matosinhense Exponor.
O Brasil tem três campeões do mundo, você, o Piquet e o Senna, mas está há 30 anos em jejum e não há um brasileiro na grelha.
-É uma nova fase. Antigamente, as empresas apostavam forte desde o karting e esse apoio foi-se diluindo até ao topo. Quando se chega à Fórmula 1, os patrocínios sucedem-se, mas antes disso é muito difícil. Atenta a esses factos, a escuderia Telmex criou um programa para pilotos da América Latina, para se chegar à F1. O Checo Pérez e o Esteban Gutierrez [mexicanos] chegaram lá e os brasileiros estão a ser muito ajudados por esse programa, lançado pelo Carlos Slim [empresário mexicano conhecido por Midas] e pelo Fernando Plata [antigo piloto].