Guarda-redes Obina, que chegou à Liga Placard esta época, depois de fazer carreira no seu país, tem a Taça dos Libertadores, duas taças do Brasil e duas supertaças no currículo
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Matheus Henrique da Cruz, mais conhecido por Obina no mundo do futsal, é um guarda-redes paranaense de 24 anos que, nesta temporada, decidiu aventurar-se no futsal europeu ao mudar-se para o Fundão. “O treinador Nuno Couto já me tinha abordado várias vezes sobre a possibilidade de jogar em Portugal e expressei sempre o desejo de o fazer. O momento certo surgiu no início desta época, especialmente após o nascimento da minha filha, o que influenciou a decisão. Vim para cá com a minha família”, conta a O JOGO.
Proveniente do Cascavel Futsal, clube brasileiro, Obina conta com dez jogos pela Desportiva e traz um currículo impressionante, que inclui uma Taça Libertadores, duas Taças do Brasil e duas Supertaças. O guardião, que atuou no Copagril, Corinthians e Marechal, revelou a predileção pelo futsal português, destacando-o como mais tático e estratégico que conhece. “Em termos de jogo, gosto muito mais do futsal português e da Liga Placard, uma das melhores provas do mundo. É um jogo mais pensado, mas intenso. A margem de erro é muito baixa, porque há muita qualidade”, diz o brasileiro que, apesar de um início promissor na temporada, enfrentou um desafio ao ser expulso num dos jogos. “Essa situação serviu-me como alerta para a necessidade de ser mais consistente e mais prudente. Desde então, procuro ser mais regular. Mesmo assim, está a ser uma temporada positiva a nível individual”.
O ano de 2023 encerrou-se da melhor forma para o Fundão, com uma vitória na Taça da Liga, diante do Eléctrico, por 4-3. O guarda-redes destaca que o triunfo serviu como motivação para encarar 2024 com renovado otimismo e acredita na qualidade do grupo. “Terminámos 2023 da mesma forma que queremos começar 2024, a ganhar. Coletivamente, ambicionamos subir na tabela da Liga Placard e estar em todas as frentes. Sabemos que temos mais potencial, mas é preciso demonstrá-lo na quadra. Não tenho dúvidas de que este será um bom ano para a Desportiva”, afirma o paranaense.
Aprendeu com Guitta e Tiago
Guitta e Tiago Marinho, antigos colegas de Obina no Corinthians, foram mais do que simples companheiros de equipa; transformaram-se em verdadeiros ídolos para o guarda-redes que agora brilha no Fundão. “Graças a Deus que pude partilhar o balneário com eles. Deram-me motivação para ser melhor jogador e melhor pessoa, tal como a muitos outros futsalistas. São dois amigos que me ajudaram muito na minha caminhada”, diz o brasileiro sobre a relevância destas influências.
Obina sabe que ocupa uma posição ingrata na quadra e aponta as dificuldades sentidas por qualquer guarda-redes. “Mesmo que estejas a fazer uma exibição brilhante, um erro isolado pode resultar em críticas severas. É a realidade”, constata.
No entanto, esta consciência das adversidades não diminui a sua paixão pelo jogo e a procura constante pela excelência. “Tenho as ambições bem definidas para o meu futuro no futsal, não me contento com as conquistas já alcançadas. O meu sonho é disputar uma Liga dos Campeões. Vim para cá com esse pensamento e acredito que estarei cada vez mais próximo desse objetivo”.