Em Portugal após aventura turbulenta: "Fiquei cinco meses sem receber um tostão"
Alan Gitahy, ala de 26 anos, é generoso a servir e eficiente a concretizar. Após ter chegado esta temporada ao Portimonense, desenhou 11 assistências e rubricou sete golos. Após uma passagem atribulada pelo campeonato japonês, o brasileiro viu em Portugal uma oportunidade para mostrar toda a sua qualidade e potencial. Está a dar cartas nas quadras portuguesas.
Corpo do artigo
Alan Gitahy, ala brasileiro de 26 anos, espalha magia nas quadras portuguesas há quatro temporadas, tendo já passado pelo Belenenses e Futsal Azeméis. Esta época, apesar da existência de outras propostas em cima da mesa, na hora de estudar as ofertas, o carioca olhou para o projeto do Portimonense, recolheu boas referências e percebeu que era ali que tinha de estar. E arrependimento é coisa que nem sequer lhe passa pela cabeça.
"O Portimonense demonstrou muito interesse na minha contratação e tem um projeto ambicioso. É um clube grande e tem uma estrutura muito profissional. O clima também teve peso na minha decisão, pois aqui o tempo é mais parecido com o do Rio de Janeiro", contou.
No plano individual, são 11 jogos e sete golos para o brasileiro, apesar de uma primeira metade de temporada oscilante do Portimonense na Liga Placard. Ainda há muito para se jogar, mas os objetivos do ala estão delineados.
"Individualmente, estou satisfeito com o desempenho, estou confiante e quero melhorar cada vez mais. O meu lema é ser melhor do que na temporada passada. Coletivamente, tem sido uma época frustrante, pois temos o objetivo de terminar nos oito primeiros lugares. Fizemos uma primeira volta muito abaixo do esperado. Estamos cientes do nosso valor, vamos arregaçar as mangas e dar uma resposta. Nunca faltou empenho", assumiu.
15606523
Determinado a chegar ao topo
Alan Gitahy tem um plano de carreira bem delineado, no qual não falta ambição. "Pretendo chegar ao patamar máximo do futsal mundial e disputar as melhores competições do mundo, tal como a Liga dos Campeões e o Campeonato do Mundo. Se estou próximo desse patamar? Não sei. O que sei é que trabalho muito para chegar onde quero e um dia vou estar lá em cima", vincou o ala brasileiro do Portimonense.
15606047
Cinco meses sem dinheiro
Em 2018 e com apenas 20 anos, Alan Gitahy deixou o seu país e abraçou a primeira experiência internacional. O destino foi o Voscuore Sendai, do Japão, e lá viveu "o melhor e o pior", disse.
"Fiz uma boa metade de época no Paranavaí e recebi a proposta do Sendai. Em termos financeiros, era uma oferta irrecusável. Aprendi muito com a cultura japonesa e fiquei muito mais disciplinado. Estava tudo a correr maravilhosamente e eu estava a adorar, até que o Sendai acabou por falhar no compromisso. Terminei a época e renovei por mais um ano, porém, não foram honestos comigo. O clube passava por grandes dificuldades financeiras e fiquei sem receber um tostão durante cinco meses. Fiquei sem dinheiro e acabei por voltar para o Brasil", contou o ala brasileiro a OJOGO.
Alan Gitahy carateriza-se como sendo um jogador "habilidoso, rápido e explosivo" e entende que a Liga Placard está no auge da competitividade. "O campeonato está cada vez melhor. É uma competição mundialmente conhecida e todos os atletas querem jogar cá. É uma prova de exigência máxima", rematou o futsalista.
15606523
15606860