Reforçado com a prova feminina, de volta após nove anos de interregno, o MEO Rip Curl Pro Portugal arranca em Supertubos.
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"Há dez anos assisti àquilo que para muitos seria uma loucura." Foi assim que, na conferência de Imprensa de lançamento do MEO Rip Curl Pro Portugal, a secretária de Estádio do Turismo e futura ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, lembrou a forma como o país se impôs no mapa do surf mundial ao longo da última década, desde a realização do Pro Search de 2009, etapa móvel que, de forma inédita, se haveria de tornar fixa.
Passados dez anos, a elite da modalidade continua a passar por Peniche, este ano a dobrar, pois o circuito feminino regressa à Praia de Supertubos após um interregno de nove anos. "Depois do anúncio que fizemos no ano passado da igualdade de premiação para ambas as competições, masculina e feminina, era muito importante trazê-las aos melhores spots como Peniche", justificou a CEO da World Surf League, Sophie Goldschmidt.
Pela terceira vez, há três portugueses no MEO Rip Curl Pro: Kikas, Vasco e Blanco repetem a presença do ano passado; em 2015, os dois primeiros alinharam com Tiago Pires
A atravessar uma boa fase - está em posição de regressar ao World Tour em 2020 -, Frederico Morais promete ser o herói nacional, ficando a representação lusa completa com os wildcards Vasco Ribeiro e Miguel Blanco (bicampeão nacional) - será a terceira vez que a prova tem três portugueses em ação, além de 2015 e 2018. "Gritem por nós", pediu Kikas.
Gabriel Medina e Carissa Moore, líderes dos rankings masculino e feminino, respetivamente, podem ser coroados campeões do mundo em Peniche. E o brasileiro até está a contar, de novo, com Neymar...
Tratando-se da penúltima etapa do circuito, antecedendo o Billabong Pipe Masters, no Havai, o MEO Rip Curl Pro Portugal será vital nas contas dos títulos mundiais, que podem ficar já entregues a Gabriel Medina e Carissa Moore, líderes dos respetivos rankings. À havaiana, que já se sagrou campeã mundial três vezes (uma delas em Carcavelos, em 2013), pode bastar um terceiro lugar, dependendo do que a compatriota Lakey Peterson e a australiana Sally Fitzgibbons fizerem.
Já Medina (um dos adversários de Blanco na primeira ronda) precisa de ser finalista e aguardar pelos desempenhos dos colegas Filipe Toledo, Ítalo Ferreira (vencedor em Peniche em 2018), do sul-africano Jordy Smith e do norte-americano Kolohe Andino. "Não quero pensar no que os outros podem fazer ou que não posso perder... Estou focado", assegurou o surfista de Maresias, que não desmentiu a hipótese de voltar a contar com o apoio do amigo Neymar! Há um ano, a presença do futebolista do PSG em Supertubos deixou o público ao rubro, encontrando-se, de novo, parado por lesão. "Gostava muito que ele viesse e estamos a tentar que ele esteja cá", afirmou Medina.