José Azevedo vai estar na Volta a Portugal como diretor e promete lutar pela vitória, mas sem se dizer favorito. Joaquim Silva, Henrique Casimiro e Tiago Antunes partilham liderança.
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Na estação de esqui de Manzaneda, na Galiza, a Efapel fez o estágio de altitude de preparação para a Volta a Portugal e delineou a estratégia. A O JOGO, José Azevedo diz que a formação vai procurar a camisola amarela, jogando com três líderes.
Fazendo um balanço positivo deste arranque de projeto, Azevedo destaca que tem armas para o sprint, com Rafael Silva e Francisco Campos, e elege Frederico Figueiredo como maior opositor.
"Entramos na prova para procurar as vitórias. Não somos favoritos, mas vamos lutar pela amarela. O Joaquim Silva fez vários pódios, o Henrique Casimiro e o Tiago Antunes também. Tendo, esses três, estado sempre na disputa, será repartida por eles a liderança. Não tenho um corredor favorito, acredito no valor deles", afirma antes da estreia como diretor na Grandíssima, recordando a valia dos trepadores: Joaquim Silva ganhou o GP JN em 2021 e a clássica de Viana do Castelo em 2021; Henrique Casimiro fez cinco top-10 nas últimas seis Voltas a Portugal, Tiago Antunes ganhou uma etapa no Grande Prémio O JOGO.
"Para o primeiro ano temos tido uma presença muito positiva. Ganhámos o nosso espaço. Queremos crescer, mas temos resultados de que me orgulho bastante", analisa Azevedo, que, como diretor, venceu etapas do Tour, uma Volta a Espanha e ainda clássicas monumento. Ainda assim, a Volta é especial: "Já imaginei ganhar a Volta, claro. Foi para isso que investi neste projeto pessoal, que quis colocar a minha experiência num projeto português".
Francisco Campos recuperou de lesão no joelho e é sprinter para dias planos e uma ajuda a Rafael Silva, este um bom finalizador após etapas de média montanha. "Gostava de ter hipóteses ao sprint. O Rafael já ganhou duas provas e tem sido regular. Em dias de sprint compacto tem-nos feito falta o Campos, que caiu na primeira prova do ano", afirma, considerando depois o contrarrelógio final favorável pelas "poucas zonas planas entre Gaia e Porto."
Azevedo identifica ainda o principal rival: "A Glassdrive é a mais vencedora do ano. Tem o Frederico Figueiredo, que este ano tem chegado a várias vitórias. É o principal favorito. O Mauricio Moreira teve problemas de saúde e não tem estado ao nível do ano anterior".
Um sonho que ficou por cumprir
José Azevedo foi quarto classificado na Volta a Portugal de 2000 e abraçou um projeto no estrangeiro, onde viria a fazer uma das melhores carreiras de que há memória entre os ciclistas portugueses. Quando voltou, pelo Benfica, em 2007, admite que sonhava com a amarela, terminando essa competição em sexto. "Claro que vim a pensar que podia ganhar. Sentia-me em grande forma, mas os corredores portugueses e de equipas portuguesas têm a Volta como principal objetivo", elucida, recordando que, de candidatos em 2008, só resta Tiago Machado.