Edo Bosch depois da goleada da Oliveirense ao FC Porto: "A diferença não é de cinco golos"
Edo Bosch, treinador da Oliveirense, falou a O JOGO sobre a expressiva vitória na visita ao FC Porto. Antiga glória dos azuis e brancos recordou a derrota, em casa, com o Benfica, por 4-0, para explicar que marcar primeiro tem sido determinante nesta temporada. Mais do que o fator casa.
Corpo do artigo
No dia a seguir à vitória em pleno Dragão Arena, por 5-0, Edo Bosch, figura histórica do FC Porto, onde jogou 18 temporadas consecutivas, falou a O JOGO sobre tão claro triunfo. “A diferença entre as equipas, seja para que lado for, não é de cinco golos”, disse de pronto o treinador da Oliveirense. “Pela forma como a partida decorreu, o que fez o resultado foi a necessidade da equipa que está atrás ter de arriscar para recuperar. Ao fazer isso, dá mais oportunidades ao adversário”, explicou. “Nestes jogos tão igualados, entre rivais, equipas tão parecidas, a que fica atrás tem de abrir linhas. Foi o que nos aconteceu quando ficámos a perder 2-0 com o Benfica em casa e depois acabou 4-0. E foi o que sucedeu no Dragão, mas ao FC Porto, e nós aproveitámos e dilatámos o marcador”, comentou o antigo guarda-redes, natural de Barcelona.
Tendo recebido o Benfica e visitado o Dragão Arena, com a fase de apuramento para a Liga dos Campeões de permeio, amanhã, às 18 horas, será a vez de defrontar o Sporting no “Salvador Machado”, em Oliveira de Azeméis.
“Desde o Benfica, a 1 de novembro, foram cinco jogos em nove dias. Parece-me que estamos muito bem fisicamente, fizemos uma boa gestão. Agora vai chegar o sexto jogo em 12 dias. Não é fácil apanhar os três grandes seguidos e a qualificação para Champions pelo meio, neste caso em três dias consecutivos, mas creio que estamos a responder”, analisou o técnico, revelando que, mais do que qualquer outra circunstância, marcar primeiro tem sido decisivo. “É importante o fator casa, especialmente no play-off, mas, por agora, estão a surgir surpresas. Todas as equipas são muito fortes, os pisos bons, as condições também. Mais do que o fator casa, o que tem feito a diferença é marcar o primeiro golo. Não é determinante, mas, pelo que observo, antes do fator campo, é quem começa melhor que está a ter vantagem”, finalizou.
“O Xano tem de desfrutar”
Xano Edo já é o melhor guarda-redes do mundo? Antes de responder, o Edo pai desatou a rir. “O meu filho gosta disto, tem sonhos como toda a gente, se vai ou não vai ser o melhor, depende do trabalho e da sorte dele. Mas isso, de quem é o melhor, sinceramente, nunca me preocupou, nem quando era jogador, e acho que a ele também não”, avançou. “Ele tem de desfrutar de cada momento na baliza e, de todos os esforços que faz, terá as suas recompensas”, afiançou. “Graças a Deus é um bocado mais calmo do que o pai”, riu-se de novo Bosch.
Sporting é “um grupo coeso”
Numa jornada disputada a dois dias, hoje e amanhã, o encontro que gera maior expectativa volta a ter a Oliveirense como protagonista. O conjunto de Edo Bosch recebe, no domingo, às 18 horas, o Sporting. “É mais uma grandíssima equipa, um grupo coeso e são estes jogos que todos querem jogar”, avaliou. “Esperemos que seja um grande espetáculo para a modalidade”, desejou.
Selecionador tem “de ser pessoa que esteja no ativo”
“Não sei de nada, ninguém da Federação falou comigo”, garantiu o técnico da Oliveirense, colocado como uma das possibilidades para suceder a Renato Garrido no cargo de selecionador nacional, depois de ter sido seu adjunto. “Entendo que tem de ser uma pessoa que esteja no ativo e, como toda a gente, estou curioso em saber quem é o próximo selecionador”, revelou.