Mercado de MotoGP só deverá ter as maiores mexidas em finais de agosto, apesar da impaciência de adeptos e pilotos. Paulo Oliveira, pai e empresário do melhor piloto português de sempre, mantém três hipóteses em aberto, mas a mais interessante terá de esperar pela decisão dos dirigentes italianos.
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Os adeptos de MotoGP já desesperam, mas entre os pilotos a impaciência em relação à indefinição das equipas para 2023 será a mesma. A pausa de verão está a chegar e continuam 11 dos 20 lugares por anunciar, estando pelo menos cinco totalmente em aberto. O impasse é sobretudo gerado pela Ducati, que decidiu adiar para o final de agosto a decisão sobre qual o piloto que vai promover à equipa oficial, e afeta em particular Miguel Oliveira, o mais pretendido entre os que procuram nova montada.
Com as equipas oficiais de Yamaha, Aprilia e KTM fechadas, sabendo-se também que Joan Mir é a escolha da Honda para colega de Marc Márquez, o lugar ao lado de Francesco Bagnaia é o mais apetecido dos que estão em aberto. "Queremos ter algum tempo. Enea [Bastianini] e Jorge [Martin] vão continuar connosco, agora temos de decidir qual vai para a equipa oficial. A decisão será entre os dois", disse Paolo Ciabatti, diretor-desportivo da Ducati, que o deverá revelar depois do Grande Prémio da Áustria, a 21 de agosto.
Só depois dessa transferência a Ducati poderá confirmar Miguel Oliveira na Gresini, aquela que será a melhor opção para o português, também pretendido pela RNF Aprilia, embora o seu pai mantenha todas as hipóteses em aberto. "Também conversamos com Albert Puig, da Repsol Honda", disse Paulo Oliveira à "Speedweek", durante o GP da Alemanha. Na Gresini, revelou, o entrave não será o conflito de patrocinadores pessoais.
"O problema não são os patrocinadores. O Miguel não corre por dinheiro. Temos várias opções, nada está decidido. Não sei se aceitaremos a oferta da Aprilia. Trago sugestões e depois o Miguel decide". Na KTM, considerou, "é hora de parar", embora a Tech3 ainda seja opção "porque temos um relacionamento muito bom com Pit Beirer e Stefan Pierer", completou.
Se é a Ducati a desesperar o mercado, as várias hipóteses de Oliveira deixam os restantes pilotos em suspenso. Será a sua decisão a influenciar o futuro tanto de Alex Rins como dos vários jovens que se tentam manter. A redução de vagas, com a saída da Suzuki, não deverá permitir mais do que dois "rookies", sendo Vietti e Ogura os maiores candidatos.