Presidente da Agência Mundial Antidopagem (AMA), Craig Reedie, pediu moderação e que se evitem conclusões precipitadas antes do inquérito instaurado ao médico Mark Bonar.
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O presidente da Agência Mundial Antidopagem (AMA), Craig Reedie, pediu moderação e que se evitem conclusões precipitadas antes do inquérito instaurado ao médico Mark Bonar, suspeito de fornecimento de fármacos proibidos no desporto britânico. O governo britânico ordenou hoje à Agência Antidoping do Reino Unido (UKAD) uma "investigação urgente" a Mark Bonar, depois de o The Sunday Times ter difundido um vídeo em que o médico admite ter receitado fármacos para atletas melhorarem o seu rendimento.
"Entendo que o governo tenha pedido uma investigação e estou seguro que a UKAD também fará a sua, depois de reunidas todas as provas. Vamos esperar pelas conclusões", disse o britânico à rádio 5 Live.
A UKAD já admitiu que há dois anos recebeu uma denúncia contra o médico em causa mas que, na altura, entendeu que o caso estava fora da sua jurisdição, uma situação que mereceu algumas críticas do presidente da AMA.
"Se tinham informação suficiente, deveriam ter atuado. Depois de conhecidos os detalhes e as provas, atuaremos com base nas mesmas", assegurou Craig Reedie.
No vídeo publicado pelo The Sunday Times, Mark Bonar diz ter receitado medicação para melhorar o rendimento a 150 desportistas, entre ciclistas, tenistas, jogadores de críquete, pugilistas e futebolistas da liga inglesa.
Entre os futebolistas, o médico disse ter acompanhado jogadores do Arsenal, Chelsea, Leicester e Birmingham City, o que os três primeiros clubes já negaram, expressando deceção por terem sido distribuídas informações "sem provas suficientes".