Sérvio pode competir com autorização médica, dado que mantém em segredo se foi ou não imunizado contra o coronavírus. Imunização é obrigatória para estar no país
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Novak Djokovic pretende disputar, em janeiro de 2022, o Open da Austrália, confirmou o diretor do torneio, Craig Tiley, mesmo desconhecendo se o número um mundial está vacinado contra a covid-19, condição essa obrigatória para se aceder ao país.
Todavia, o tenista sérvio, que não revelou, até à data, se está efetivamente imunizado, poderá ser autorizado a entrar em Melbourne com uma isenção médica, sujeita a aprovação e a inclusão no Registo Australiano de Imunização vigente.
"Todas as pessoas que entram são vacinadas e haverá uma muito pequena percentagem que terá uma isenção médica. Assim, se algum jogador estiver no local, está vacinado ou tem uma isenção médica aprovada e está inscrito no Registo Australiano de Imunização", afirmou Craig Tiley, citado pelo "The Guardian".
A presença de Djokovic no Open da Austrália havia sido adiantada, em 8 de dezembro, pelo pai do sérvio, pese o facto de o campeoníssimo tenista ter dito, numa entrevista passada, que não iria atuar em Melbourne devido às regras de controlo em relação à pandemia de covid-19, acusando a organização de chantagem.
Djokovic não revelou se fora vacinado contra a covid-19 mesmo após o governo australiano ter declarado como obrigatória a imunização de jogadores - e não só - para estarem presentes nos 'courts' entre 17 e 30 de janeiro. Esse tema continuará "tabu".
"É a sua escolha quanto à sua condição médica, é a sua escolha manter pessoal e privado como todos nós faríamos com qualquer condição que possamos ou não ter. Não vamos forçá-lo ou pedir-lhe que revele isso", referiu Craig Tiley.
O diretor do Open da Austrália partilhou a esperança de ver Rafael Nadal, 20 vezes campeão do Grand Slam, em ação no torneio, pese o facto de estar a contas com uma infeção por covid-19, sofrida num evento em Abu Dhabi (Arábia Saudita).
No quadro masculino, Nadal, caso seja um presença confirmada em Melbourne, ou Djokovic poderão bater o suíço Roger Federer, operado a um joelho, caso vençam o Open da Austrália, no número de vitórias em majors de ténis.