Sérvio assume que nunca se sentiu tão acarinhado pelos adeptos do ténis como os lendários rivais, que já se reformaram dos "courts"
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Novak Djokovic assumiu esta sexta-feira que nunca sentiu o mesmo carinho dos adeptos do ténis quando comparado com os antigos rivais Roger Federer e Rafael Nadal, que terminaram lendárias carreiras nos “courts” em 2022 e 2024, respetivamente.
Em entrevista à publicação “20 Minuten”, o tenista sérvio de 38 anos, derrotado por Jannik Sinner nas meias-finais do Roland Garros, vencido por Carlos Alcaraz, falou um pouco sobre a sua relação com a dupla suíça e espanhola e refletiu sobre o porquê de sempre ter sentido esse menor afeto do público.
“Eu sou um homem com muito defeitos, com certeza. No entanto, sempre tentei viver com o coração, com boas intenções e, definitivamente, sendo eu mesmo. Senti-me como um menino não desejado. Perguntei-me porquê e doeu-me. Depois pensei que os fãs me aceitariam se agisse de outra maneira, mas também não foi por aí. Nunca fui tão querido como Federer ou Nadal porque não se supunha que eu estivesse ali. Eu era o pequeno, o terceiro que chegou e disse: ‘Vou ser o número um’. Muita gente não gostou disso”, apontou.
Djokovic explicou ainda que sempre teve uma relação mais fria com Federer do que com Nadal, mas apenas por questões desportivas e nunca pessoais.
“Que alguém seja o meu maior rival não significa que lhe desejo mal, que o odeie ou que lhe queira fazer qualquer outra coisa no campo para o derrotar. Lutamos pela vitória e ganhou o melhor jogador. Sempre respeitei Federer e Nadal, nunca disse uma palavra má sobre eles e nunca o farei. Admirava-os e ainda o faço, mas sempre me dei melhor com Nadal”, concluiu.