Atleta do Benfica, a jogar por empréstimo no Boa Hora, assinou as primeiras internacionalizações A e ajudou a Seleção Nacional de sub-21 a chegar ao segundo lugar no Torneio das Quatro Nações
Corpo do artigo
"Senti-me muito bem ao representar a seleção A, fui bastante bem recebido por todas as pessoas e, na minha opinião, temos um grupo de trabalho muito forte", diz a O JOGO Diogo Valério - guarda-redes do Benfica, mas a jogar por empréstimo no Boa Hora -, que se estreou pela Seleção Nacional A na Yellow Cup, na Suíça, nos dias 4, 5 e 6 de janeiro, tendo terminado este domingo a participação no Torneio das Quatro Nações, em Espanha, com a seleção de sub-21. "Sim, claro que estava um pouco nervoso, mas senti-me mesmo muito bem recebido e esse nervosismo desapareceu", continua o jovem guarda-redes, de 19 anos, orgulhoso setubalense. "Sou da terra do choco frito, das lulas e da sardinha", atira, bem disposto.
Na Seleção A, Valério teve oportunidade de dividir a baliza com Alfredo Quintana, considerando que o luso-cubano, "para além de um excelente jogador, é também uma excelente pessoa", referindo: "Ajudou me muito com a sua experiência e transmitiu-me bastante confiança". De resto, Diogo Valério sabe que "nestes estágios aprende-se sempre muito com os mais velhos, sendo eles jogadores mais experientes", bastando, para isso "estarmos abertos para as coisas depois acontecerem com naturalidade".
"Quero impor-me no Benfica, marcar lugar na Seleção Nacional A e, depois disso, penso sair e experimentar outras ligas"
Colocado perante a questão de que começam a rarear guarda-redes de qualidade em Portugal, o jogador do Boa Hora admite que "é verdade que não temos guarda-redes em abundância", mas também refere que "vamos tendo alguns que têm qualidade para representar a Seleção Nacional". Nesse sentido, Valas, como é tratado entre os colegas, vê "nesta chamada uma oportunidade para começar a estar com a seleção principal" e , ir-se "habituando aos métodos do selecionador". Isto apesar de saber que tem "concorrência forte" e que, por isso, tem de "continuar a trabalhar para voltar a ser chamado".
Para já, a par de Manuel Gaspar, Diogo Valério é o guarda-redes da seleção de sub-21, equipa que terminou em segundo lugar o Torneio das Quatro Nações, jogado este fim-de-semana em Espanha. "A avaliação tem que ser positiva. Vencemos dois jogos de elevada dificuldade [Espanha e Alemanha], e temos consciência que podíamos ter feito mais no jogo com a França. Mas no geral saímos satisfeitos desta competição", comenta.
Tendo começado a praticar andebol com oito anos, no Vitória de Setúbal, Valério, que assume que "jogar à baliza foi amor à primeira vista", tem em "Hugo Figueira e Alfredo Quintana as referências a nível nacional", elegendo "Niklas Landin e Vicent Gérard como os ídolos internacionais".
Para o futuro, os objetivos do guarda-redes são claros. "Quero impor-me no Benfica, marcar lugar na Seleção Nacional A e, depois disso, penso sair e experimentar outras ligas", revela o jogador, terminando: "Espero que em 2019 Portugal finalmente consiga chegar a uma grande competição internacional".
