Diogo Ribeiro explicado: o acidente, a estrela de David e a touca de Rafaela Azevedo
A resposta está, provavelmente, num pouco de tudo, com enfoque no facto de ter um talento enorme que está a ser superiormente trabalhado por quem sabe.
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Diogo Ribeiro conquistou o título mundial de natação em juniores nos 50 metros mariposa, em Lima, com recorde do mundo do escalão, juntando esta conquista às medalhas de ouro nos 50 livres e nos 100 mariposa já conquistadas no Peru.
Após a conquista do terceiro título mundial, Diogo Ribeiro, visivelmente emocionado, agradeceu a quem o apoiou, nomeadamente na piscina peruana.
"Foi muito difícil, um ano muito tenso", referiu o nadador português, prometendo "habituar-se a este ritmo de vitórias".
O nadador do Benfica, de 17 anos, treinado por Alberto Silva, já tinha conquistado, na capital peruana, os títulos mundiais de juniores nos 50 livres e nos 100 mariposa.
O diamante por lapidar que ingressou no CAR para ser treinado por Alberto Silva atingiu o melhor momento em Lima e os resultados são de uma excelência tal que nem os mais otimistas esperariam.
A questão é de onde vêm estes resultados do português?
>> De um talento sem par?
>> Do acidente que há pouco mais de um ano o atirou para uma cama de hospital, quase lhe arruinou a carreira e o obrigou a repensar a forma de viver?
>> Da mudança de Coimbra, do União local, para o Centro de Alto Rendimento do Jamor, onde passou a ser treinado por Alberto Silva, conceituado treinador brasileiro que a federação contratou para este ciclo olímpico?
>> E do contrato com o Benfica que lhe paga para defender as cores nas competições nacionais?
>> Da estrela de David que tem tatuada no ombro direito em memória do pai que perdeu quando tinha quatro anos?
>> Ou do "fetiche" da touca de Rafaela Azevedo com que começou a nadar desde a medalha de bronze no Europeu de Roma em agosto passado?
A resposta está, provavelmente, num pouco de tudo, com enfoque no facto de ter um talento enorme que está a ser superiormente trabalhado por quem sabe.
A forma como venceu o segundo ouro, nos 50 livres - 21,92s, a dois centésimos do recorde nacional absoluto e com uns incríveis 58 centésimos de segundo de vantagem sobre o segundo (uma enormidade numa prova de uma só piscina) é a maior evidência do valor do conimbricense.
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