José Manuel Constantino, presidente do Comité Olímpico de Portugal, responde a três questões lançadas por O JOGO após Diogo Ribeiro se ter sagrado campeão mundial nos 50 metros mariposa
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1 Ver um português campeão mundial de natação é uma alegria inesperada?
-Sim, porque o Diogo já tinha sido vice-campeão do mundo, mas ser o primeiro a ganhar o ouro é uma enorme satisfação e, simultaneamente, algo que, até acompanhando a prova, não se estimava pudesse ser alcançado. Não começou bem, mas terminou de forma excecional.
2 Nunca se perguntou, durante tantos anos, porque não havia medalhas portuguesas - e em regra nem finalistas - na segunda modalidade olímpica?
-Acho que se perguntava e as respostas eram de natureza muito distinta. O facto é que uma alteração no enquadramento técnico dos atletas da natação, mais a existência de um sobredotado, permitiram alcançar algo que há uma série de anos não imaginaríamos possível. Houve mudanças no treino, e aí a Federação tem um enorme mérito, por ter procurado soluções distintas das que, dando bons resultados, não davam resultados excecionais.
3 Até onde chegará o Diogo Ribeiro? Também à medalha olímpica?
-O Diogo tem 19 anos e colocar expectativas num jovem com esta idade não é o melhor. Vamos aguardar a progressão desportiva dele e estar seguros - eu, pelo menos, estou seguro - de que ele vai continuar a ter resultados de elevado nível. Se isso vai dar origem ou não a uma medalha olímpica, é prematuro fazer qualquer afirmação. O que não é prematuro é reconhecermos que estamos perante um sobredotado, um atleta excecional.