Jô Cambangula, ala de 26 anos do Ferreira do Zêzere, lamenta as dificuldades que estão a marcar
Corpo do artigo
A época do Ferreira do Zêzere na Liga Placard está longe de ser a desejada. Com apenas uma vitória em nove jogos, a equipa ribatejana ocupa o último lugar da tabela, mas Jô Cambangula, de 26 anos e um dos destaques do plantel, recusa-se a baixar os braços. Internacional angolano e presença marcante no último Mundial, o ala mantém a confiança numa recuperação e destaca o empenho do grupo para inverter o rumo dos acontecimentos. “Sabíamos que seria um campeonato difícil, com equipas muito bem estruturadas. Temos consciência de que é apenas uma fase menos positiva e que vamos dar a volta por cima. Com o trabalho que temos vindo a fazer, acredito que a fase boa vai chegar”, crê Jô, sem esconder o peso emocional de estar no fundo da tabela. “Neste momento custa olhar para a tabela e ver que estamos em último lugar, mas sabemos que temos de fazer mais para sair dessa zona. Essa responsabilidade está presente todos os dias, quer no trabalho em campo, quer na preparação mental.”
No início da temporada, a Direção do Ferreira do Zêzere traçou como meta terminar entre os oito primeiros da Liga Placard. Contudo, os maus resultados obrigaram a equipa a recalibrar as expectativas. “Os objetivos continuam a ser disputar cada jogo com intensidade e dar o máximo, mas temos de ser realistas. Já ajustámos os planos e estamos a dar boa resposta nos treinos. Agora, falta levar isso para os jogos”, explica Cambangula a O JOGO.
No plano pessoal, o ala soma quatro golos em dez jogos, registo que considera positivo mas aquém do seu potencial. “Acho que a minha época não está a correr mal, mas sei que posso dar muito mais. Quero ajudar o grupo a alcançar os objetivos e, acima de tudo, crescer como jogador. Não sou conformista e trabalho todos os dias para melhorar”, acrescenta.
Esteve presente em dois Mundiais
Aos 26 anos, Jô já atingiu um dos objetivos de qualquer jogador: vestir a camisola do seu país num Mundial. “Representar Angola sempre foi um sonho desde que comecei a jogar futsal. É e será sempre uma honra, porque é o meu país. Saber que estava a jogar não só por mim, mas também pelo povo angolano, deu-me ainda mais força em cada jogo e em cada minuto que defendi as cores de Angola. No futuro, o desejo é chegar à fase a eliminar do Mundial. Será difícil, mas não impossível”, assume o ala que disputou as edições de 2021 e 2024.