Coronavírus: Ferrari oferece-se para fazer ventiladores e não estará sozinha
Há mais gigantes do mundo automóvel disponíveis para ajudar, preocupados com a pandemia. A marca do "Il cavallino rampante" é a mais sensibilizada, por ser italiana, e já avalia cooperação com empresa do país de fabricação de material sanitário
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A pandemia do Covid-19 está a atingir números impressionantes em Itália e a Ferrari, uma das marcas de automóveis de maior prestígio daquele país, já está a negociar formas de ajudar, nomeadamente na fabricação de ventiladores para assistir na respiração dos doentes críticos. Em Portugal, por exemplo, há cerca de 1400 ventiladores, embora se espere aumentar o número através de encomendas e de doações.
E a Ferrari não é a única marca ligada também à Fórmula 1 que está disponível para ajudar, pois Red Bull, Mercedes, McLaren e Williams mostraram interesse em colaborar. O objetivo é colocar À disposição das empresas de fabricação de material sanitário os seus recursos tecnológicos e experiência.
A marca transalpina, de Maranello, está assim em negociações com a Siare Engineering, de Bolonha, que fabrica material para anestesias, reanimação e terapias intensivas e que na sua máxima capacidade consegue produzir cerca de 150 respiradores. Com a ajuda da Ferrari estima-se que possam chegar às 2500 unidades.
"Estanos em conversações com a Ferrari, a Fiat Chrysler e a Marelli, para ver se nos pode dar uma mãoquanto a componentes eletrónicos", afirmou Gianluca Preziosa, diretor executivo da Siare, à Reuters.
Há dias, a família Agnelli (controlam Juventus, Alfa Romeo, Ferrari, Lancia e Chrysler, assim como os jornais "La Stampa" ou "Corriere Della Sera"), doou 10 milhões de euros à proteção civil italiana para apoio ao combate do coronavírus.
Há dias, outro gigante do mercado automóvel, a Tesla, anunciou através do seu CEO, Elon Musk, que também está disponível: "A Tesla produz carros com sistema de ventilação complexos. A SpaceX fabrica aeronaves com sistemas de apoio à vida. Ventiladores não são difíceis, mas não podem ser produzidos instantaneamente. Faremos ventiladores se estiverem em falta", disse no Twitter.